O etarismo se manifesta de forma severa para as mulheres no ambiente de trabalho, especialmente para aquelas que ultrapassam os 50 anos. Isso acontece porque o preconceito raramente acontece de forma isolada: em geral, ele age de forma cruzada com outro preconceito, neste caso, idade e gênero.
O filme ‘A Substância‘ ilustra de maneira impactante a ditadura da beleza e juventude enfrentada pelas mulheres acima dos 50 anos e amplifica os exageros aos quais muitas se submetem para permanecer nos padrões “aceitáveis”.
Procedimentos estéticos e cirurgias plásticas são uma constante na vida dessas mulheres, numa batalha contra o tempo que já nasce perdida.
A recente cerimônia do Oscar suscitou intensos debates ao evidenciar a condição de invisibilidade imposta às mulheres em relação ao envelhecimento, além de reforçar a valorização da juventude.
Em um nível mais profundo, destaca-se a narrativa de que a mulher precisa ser resgatada de uma trajetória de vida desafiadora por um “príncipe encantado”, aspecto destacado na história do filme “Anora”, cuja vencedora do prêmio de melhor atriz, Mikey Madison, ou Anora no filme, é uma mulher jovem que se encaixa neste estereótipo.
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O etarismo também impacta mulheres jovens, que frequentemente lidam com a desconfiança em suas habilidades e sentem a pressão de constantemente provar seu valor. Muitas delas relatam optar por roupas menos joviais na tentativa de alterar sua aparência e parecer mais maduras no ambiente de trabalho, buscando assim transmitir uma maior credibilidade frente a clientes, líderes e colegas de trabalho.
Nosso objetivo aqui não é julgar a performance ou a assertividade da escolha, e sim refletir sobre o processo. Mikey Madison, de 25 anos, certamente sentirá essa pressão, especialmente por ter vencido atrizes consagradas.
Para concluir, gostaria de propor uma reflexão: Para você, o conceito de experiência está mais relacionado ao tempo ou à intensidade das vivências?
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