Empresas ESG, responsabilidade social… Tudo isso pode entrar no capitalismo consciente, a prática de empresas, instituições e outras organizações que privilegia a criação de diferentes valores para todas as partes envolvidas em seus negócios. Ou seja, fornecedores, clientes e colaboradores não colhem apenas frutos financeiros dos negócios, mas também sociais e culturais.
Esse paradigma se baseia em 4 pilares. O primeiro deles é o chamado propósito maior, ou seja, a motivação das atividades das companhias para além do lucro. Isso significa propor mudanças sociais, fortalecendo a visão de longo prazo para todos os envolvidos.
Outro pilar é a orientação para os stakeholders, isto é, os agentes que se relacionam com a instituição. Para os funcionários, por exemplo, isso significa remuneração justa e um plano de carreira claro. Para os acionistas, um plano de gestão estruturado e resultados sustentáveis.
Quer saber em quais empresas investir? Fale com um especialista SpaceMoney
Outro cerne do capitalismo consciente é a liderança: os gestores, gerentes e chefes de empresas devem ser capazes de promover uma cultura inspiradora, sempre motivando e engajando as equipes.
Por fim, a cultura consciente é a aplicação, na prática, de valores das companhias. Apesar de serem parte do branding de muitas empresas, esses pontos nem sempre são postos em prática: no capitalismo consciente, o objetivo é traduzi-los para o dia-a-dia.
Instituto Capitalismo Consciente Brasil
Esse movimento global começou nos Estados Unidos, com os estudos de Raj Sisodia, Jaf Shereth e David Wolf. No Brasil, o Instituto Capitalismo Consciente reúne associados comprometidos em torno desses pilares. Fazem parte do conselho emérito da organização nomes como Luiza Trajano, fundadora do Magazine Luiza, e Flavio Rocha, presidente da Riachuelo.
No manifesto, o grupo afirma ter o propósito de "transformar o jeito de se fazer investimentos e negócios no Brasil, multiplicando os pilares que levam a uma gestão mais humana, mais ética e mais sustentável".