Os imóveis continuam sendo um destino relevante para os investimentos dos brasileiros: 8% escolheram investir comprar casas, lotes ou terrenos em 2018, segundo Raio-X do Investidor da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Mas essa não é a única alternativa para aplicar no setor: conheça a CCI, Cédula de Crédito Bancário.
Antes de ser opção de investimento, a CCI é, primordialmente, um título de crédito associado a um financiamento imobiliário ou a uma locação. Ele facilita a portabilidade do crédito, transformando um contrato em um título que pode ser negociado.
Assim, ao investir em uma CCI, você está comprando os direitos creditórios de alguém — geralmente o banco que concedeu o empréstimo. Assim, você ganha o direito de receber as parcelas da operação.
Mas atenção: apesar de ser um título de renda fixa e considerado conservador, CCIs não têm a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). No entanto, negociadas na bolsa brasileira, a B3, as cédulas podem apresentar outras garantias.
A remuneração das CCIs pode ser pré ou pós-fixada e geralmente está atrelada aos índices previstos no crédito imobiliário original. Vale ressaltar que o valor de aplicação inicial é, geralmente, baixo.
CCI, CRI e LCI
Os títulos CCI são, geralmente, usados como lastro para os CRIs, os Certificados de Recebíveis Imobiliários. Esses, sim, são segurados pelo FGC e mais populares entre os investidores brasileiros.
Já os LCIs, Letras de Crédito Imobiliário, têm lastro em créditos imobiliários vinculados a hipotecas, por exemplo. Isentos do Imposto de Renda e garantido pelo FGC, a desvantagem desse tipo de investimento fica por conta dos altos valores exigidos para aplicação mínima.