Nós já falamos como as empresas ESG podem ser atrativas para investidores. Mas, e se, na verdade, a companhia não está tão ligada assim em meio ambiente? É isso que chamamos de greenwashing: em tradução literal do inglês, significa “lavagem verde”.
Ou seja, é uma “maquiagem” da postura de uma instituição em relação a conceitos como sustentabilidade. É uma estratégia que privilegia discursos e propagandas aparentemente ecologicamente corretas — mas não são embasadas em medidas concretas.
Com essa postura associada ao greenwashing, empresas podem até atrair consumidores (e investidores) que estão preocupados com ações sustentáveis, mas, na verdade, pouco estão agregando à causa ambiental.
Empresas como Fiat, Carrefour e General Motors já foram advertidas pela Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) por ações de greenwashing.
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Como não cair no greenwashing?
Segundo pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), que avaliou diversos produtos em supermercados, algumas práticas comuns de greenwashing podem ser facilmente identificadas por nós, consumidores.
Uma delas é a alegação sem provas — quando uma embalagem diz que é feita a partir de papel reciclado, por exemplo, mas não há maneira de verificar isso.
Outra é afirmar que o produto é livre de CFC (Clorofluorcarboneto, que destrói a camada de ozônio), quando, na verdade, esse composto já é proibido no país. A prática de ter uma linha “natural” ou “ecológica” enquanto se mantém outro segmento de produtos sem esses rótulos também é comum.
Para se proteger dessas práticas, existem certificações responsáveis por verificar as propagandas e informações veiculadas por empresas em relação às suas práticas ambientais. Uma delas é a ISO14021, Procel e Ecocert. Também é possível denunciar a prática de greenwashing em organizações de defesa do consumidor.