Abertura de mercado

O que esperar para bolsa e câmbio no Brasil nesta 2ª-feira (17)

Confira as principais notícias, a agenda das autoridades e o informe corporativo do dia

- M. B. M. via Unsplash
- M. B. M. via Unsplash

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Esta semana começa movimentada pelo calendário de indicadores econômicos.

No Brasil, o destaque é para a prévia do PIB apresentada pelo IBC-Br e para os detalhes do IGP-10. Já no cenário internacional, há dados sobre o PIB na China e sobre a inflação na Europa.

Índices futuros

Às 09h29, os futuros do Ibovespa caíam 0,45%, enquanto o dólar futuro recuava 0,34%, a R$ 5,5340.

Nos EUA, os futuros da S&P 500 avançavam 0,17%, enquanto os da Dow Jones e da Nasdaq 100 subiam 0,12% e 0,14%, respectivamente.

Covid-19: Brasil

O Brasil registrou 24.934 novos casos de coronavírus neste domingo, o que levou o número acumulado de pessoas infectadas pela doença a superar a marca de 23 milhões, com o total de 23.000.657 casos, informou o Ministério da Saúde.

Também foram registradas 74 novas mortes nas últimas 24 horas, somando 621.045 vítimas fatais de Covid.

ICMS

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a demora do Senado na tramitação do projeto que altera a cobrança do ICMS nos combustíveis. O texto, aprovado pelos deputados em outubro do ano passado, uniformiza as alíquotas cobradas por cada estado e pelo Distrito Federal e fixa o reajuste anual da taxa.

O comentário foi uma resposta a posturas de governadores sobre os preços dos combustíveis, que estariam cobrando soluções em meio a discursos eleitorais, segundo pontuou Lira.

Quando o texto sobre o ICMS era discutido na Câmara, em outubro passado, governadores resistiram à medida, pois isso teria um impacto nos orçamentos estaduais. Na época, os chefes de cada estado concordaram em congelar o valor do ICMS por 90 dias, prazo que termina no final de janeiro.

Notícias do dia

IGP-10 – O IGP-10 divulgado pela manhã apresentou uma alta de 1,79%, acima das expectativas de queda de 0,5% esperadas para janeiro. Com esse resultado, o índice acumula alta de 17,82% em 12 meses.

IBC-Br – O IBC-Br, conhecido como a prévia do PIB, apresentou uma alta de 0,69% em janeiro, acima dos 0,65% esperados pelo mercado.

Boletim Focus – O mercado elevou para 5,09% a perspectiva de inflação para 2022, acima do centro da meta em 3,5%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano subiu para 0,29%.

Greve dos servidores – Está marcada para amanhã, 18, a greve dos servidores federais, que exigem o reajuste dos salários. A Receita Federal lidera as manifestações e o receio do governo é que a mobilização se espalhe por outras carreiras.

Há também o temor de que a greve prejudique ainda mais a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que hoje tem uma rejeição na casa dos 60%, segundo o DataFolha.

PIB na China – A economia da China se recuperou em 2021 com o melhor crescimento em uma década ajudada por exportações robustas, mas existem sinais de que a força está desacelerando com o enfraquecimento do consumo e a crise do setor imobiliário, indicando a necessidade de mais suporte, além dos impactos trazidos pelos bloqueios resultados da política de controle do coronavírus.

A economia cresceu 8,1% no ano passado –melhor expansão desde 2011 – acima da previsão de 8,0%. O ritmo ficou bem acima da meta do governo de "acima de 6%" e da expansão revisada de 2020 de 2,2%.

Agenda do dia

Jair Bolsonaro – Reunião com Deputado David Soares (DEM/SP); Reunião com Renato de Lima França, Subchefe Adjunto Executivo para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência; Reunião com Embaixador Carlos França, Ministro das Relações Exteriores; Lançamento do Circuito de Negócios Agro Banco do Brasil (SA:BBAS3) Etapa 2022.

Paulo Guedes – Reunião com os secretários especiais; Reunião com o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord; Lançamento do Circuito de Negócios Agro Banco do Brasil Etapa 2022.

Campos Neto – Participa da All Governors' Meeting, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Informe corporativo

Vale (SA:VALE3) – A Vale retomou de forma parcial e gradual suas operações em Minas Gerais após o período de chuvas intensas que atingiram a região no início deste ano.

Braskem (SA:BRKM5) – A Braskem enviou ao órgão responsável pelo mercado de capitais dos Estados Unidos (SEC) um pedido de oferta de ações na qual Petrobras (SA:PETR4) e Novonor vão vender suas participações na companhia.

Eztec (SA:EZTC3) – A Eztec teve vendas líquidas de R$ 369 milhões no quarto trimestre, avanço sobre o período imediatamente anterior e na comparação com os três últimos meses de 2020.

Aliansce Sonae (SA:ALSO3) e BR Malls (SA:BRML3) – A operadora de shoppings Aliansce Sonae disse nesta segunda-feira que continuará buscando uma fusão com a BR Malls, mesmo depois de a rival recusar sua oferta na semana passada.

A empresa informou que está determinada a mostrar o mérito da potencial combinação de negócios ao conselho de administração e acionistas da BR Malls, pois vê a operação como uma "oportunidade única de geração de valor para os acionistas de ambas as companhias".

JBS (SA:JBSS3) – A JBS informou que Gilberto Xandó renunciou ao cargo de conselheiro na última sexta-feira e assumiu a presidência da JBS Brasil. Em substituição a Xandó, o conselho de administração da companhia elegeu, em reunião na semana passada, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo como membro independente.

Petrobras – O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Petrobras investiu R$ 120 milhões no ano passado para monitorar 94 espécies. Foram resgatados mais de 23 mil animais debilitados ou mortos nas praias do litoral brasileiro. O projeto cobre mais de 3 mil quilômetros do litoral brasileiro em 10 Estados e é considerado o maior projeto de monitoramento de praias do mundo.

Usiminas (SA:USIM5) – A Usiminas anunciou que está retomando aos poucos as operações em Minas Gerais, após a paralisação na semana passada causada pelas chuvas no estado.

Unidas (SA:LCAM3) – A Unidas pretende investir R$ 370 milhões na compra de 2 mil carros elétricos, sendo que 400 seriam modelos híbridos, para auxiliar na sua meta de ser carbono zero até 2028, segundo o Estado de S. Paulo.