Você provavelmente já sabe o que são fundos de investimentos. Mas o que são os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs)? São aqueles que destinam, ao menos, 50% do patrimônio a direitos creditórios, isto é, títulos que representam valores que empresas têm a receber, como aluguéis ou cheques.
Nesse sentido, trata-se de um investimento em renda fixa, pois o investidor já sabe quanto vai receber ao vencimento da aplicação, a partir das taxas já acordadas. No entanto, os FIDCs têm rentabilidade bastante atraente para a sua classe, superior ao Tesouro Direto e ao CDB, por exemplo. Geralmente, ela é atrelada ao CDI.
Existem dois tipos de fundos de investimento em direitos critérios: os abertos e os fechados. Os primeiros permitem resgate de cotas a qualquer momento. Já os segundos possibilitam resgate apenas após o prazo determinado.
Em relação à tributação, os FIDCs seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda. Assim, quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado, menor é a alíquota a pagar em tributos, partindo de 22,5% e podendo ser reduzida a 15%, a depender do tempo de investimento.
Cuidados em relação aos FIDCs
Apesar de serem considerados conservadores, os FIDCs não estão imunes à perdas, a exemplo do que aconteceu na crise trazida pelo coronavírus em 2020. Isso aconteceu pois, com as incertezas no cenário econômico, o risco de crédito, ou seja, a probabilidade de calote, aumentou.
Além disso, é importante se atentar ao fato de que FIDCs são restritos a investidores qualificados, podendo ser acessado pelo varejo por meio dos chamados fundos de fundos. O valor de entrada também é alto, a partir de R$ 25 mil.
Por fim, como são um investimento mais restrito, sua liquidez também fica comprometida. No entanto, com a modernização que o mercado de crédito brasileiro vem passando, é esperado que os FIDCs também apresentem expansão.