Primeiramente, o que é dívida externa? São todos os débitos adquiridos por um país no exterior 一 dívidas, sejam elas contraídas pelo governo ou empresas. No fim de 2019, a dívida externa brasileira era estimada em mais de US$ 300 bilhões, segundo o Banco Central. Com isso em mente, fica mais fácil entender o que são fundos de dívida externa.
Um investimento de renda fixa, esses fundos destinam pelo menos 80% do seu patrimônio para a aplicação nesse tipo de dívida, seguindo as regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para o produto. Isso dá margem para que os outros 20% dos recursos sejam alocados em outros títulos de crédito — inclusive no exterior.
Os fundos de dívida externa são abertos a todos os investidores. Antes, essas aplicações eram monitoradas pela Associação Nacional de Bancos de Investimento, que, mais tarde, fundiu-se com outras organizações para dar origem à Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Rentabilidade
A rentabilidade dos fundos de dívida externa depende de dois fatores principais. O primeiro deles é, obviamente, os juros pagos pelos emissores dos títulos, geralmente semestralmente. Nesse sentido, entra a percepção de risco do país — afetada pela estabilidade política, cenário macroeconômico etc.
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O segundo fator é a taxa de câmbio. Como os fundos de dívida externa investem em títulos negociados no mercado internacional, uma valorização do real perante o dólar, por exemplo, diminui a rentabilidade quando observada em reais.
Fundo | Rentabilidade |
Bradesco FI RF Dívida Externa Crédito Soberano | 3,61% |
BB RF Dívida Externa Mil FI | 3,38% |
Brasil Sovereign II FI RF Dívida Externa | 3,34% |
Bny Mellon FIC FI RF Dívida Externa | 3,33% |
Verde Am Yield FI RF Dívida Externa | 3,23% |
A dívida externa
Lembra que falamos lá em cima o que era dívida externa? Pois bem, mas como ela é contraída, em primeiro lugar? Na mesma maneira que pessoas pegam crédito, países recorrem ao mercado e a organismos como o FMI (Fundo Monetário Internacional) para conseguir dinheiro para fechar as contas públicas. Por isso, este empréstimo é, geralmente, em dólar. Há limites do tamanho dessa dívida no exterior, determinados por legislação.
Em 2008, o Banco Central brasileiro afirmou que havia recursos suficientes para honrar a dívida externa — mas o Brasil continua devedor. Isso porque, apesar de haver dinheiro em quantidade suficiente para isso, não seria uma boa estratégia promover a saída em massa de recursos do país. Por outro lado, com a quantia “em mãos”, somos visto com mais confiança pelo mercado internacional, como “bom pagador”.