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Ofertas no mercado de capitais atingem 3º maior resultado do ano em agosto, mostra ANBIMA

No mês, o valor total somou R$ 35,2 bilhões, atrás apenas de junho e julho de 2023

- Foto: Alesia Kozik/ Pexels
- Foto: Alesia Kozik/ Pexels

Em agosto, as emissões do mercado de capitais atingiram R$ 35,2 bilhões, terceiro maior resultado do ano, atrás apenas de junho e julho, quando o mercado captou R$ 46,6 bilhões e R$ 40,1 bilhões, respectivamente.

No ano, as emissões acumulam R$ 229,3 bilhões, conforme os dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

“Comparado ao ano anterior, o acumulado de 2023 ainda está marcado por um fraco período para o mercado de capitais, mas os resultados dos últimos três meses mostram uma trajetória de recuperação que tende só a se prolongar”, ressaltou José Eduardo Laloni, vice-presidente da Associação.

O executivo destacou ainda que o volume de emissões chegou a se igualar ao registrado no mesmo mês em 2022. 

As debêntures tiveram o segundo maior volume de emissões de 2023, com R$ 19,5 bilhões. O primeiro foi em junho, com R$ 25,4 bilhões. Os prazos médios dos papéis chegaram em 6,6 anos, contra 6,1 anos no mesmo período de 2022.

Em relação à destinação dos recursos, a maioria das emissões tem sido direcionada para capital de giro (43,8%) e investimentos em infraestrutura (27,2%).

Segundo a Associação, em agosto de 2022, os dois setores também concentravam a maior parte das destinações do ano, mas com apenas 62% do total.

Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) também foram destaque no mês, registrando a melhor performance do ano, com R$ 6,8 bilhões de emissões.

Já os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) fecharam agosto com R$ 1,7 bilhão de emissões, seguidos pelo volume de emissões dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que ficou em R$ 1,4 bilhão.

No mercado de renda variável, não houve IPO (oferta pública de ação) e os follow-ons de ações chegaram a R$ 1,2 bilhão de ofertas subsequentes.

Do lado dos produtos híbridos, os fundos imobiliários (FIIS) alcançaram R$ 3 bilhões, sendo o maior volume do ano. Os Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais), por sua vez, registraram R$ 779 milhões.