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Oi abre leque de possibilidades com novo assessor financeiro

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Apenas na segunda-feira (2), a Oi (OIBR3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre. A divulgação aconteceu antes da abertura do mercado, os números vieram abaixo do que era esperado e as ações abriram em queda chegando a cair 8,7 por cento.

As ações da companhia passaram a operar perto da estabilidade e fecharam o dia praticamente estáveis, cotadas a 0,92 centavos. A recuperação no preço aconteceu após uma teleconferência, em que a diretoria conseguiu reduzir alguns dos principais receios dos investidores, e abordar pontos sensíveis como a venda de ativos fixos e das operações na angolana Unitel.

E Eu Com Isso?

O resultado apresentado pela Oi (OIBR3) foi abaixo das já baixas expectativas do mercado. A companhia divulgou uma redução de 8,8 por cento na receita líquida, causada pela queda nas receitas com telefonia fixa, pela baixa de 32,9 por cento na geração de caixa medida pelo Ebitda e pelo aumento de 330 por cento no prejuízo líquido.

Os resultados da companhia foram prejudicados por uma baixa contábil em seus ativos devido a reavaliações, e pelo impacto cambial nas despesas financeiras, pois 52,7 por cento da dívida da companhia é em moeda estrangeira.

Na teleconferência, em que reduziu os temores dos investidores, a diretoria tratou tanto da melhora operacional da companhia quanto de eventos que podem destravar algum valor para os acionistas no curto prazo.

Na melhora operacional a diretora financeira e de Relações com Investidores (RI) detalhou um plano para economizar entre 650 milhões e 1 bilhão de reais por ano com iniciativas para as áreas de vendas, marketing, operações e outras.

Nos possíveis eventos, foi abordado que a companhia deve conseguir vender a sua participação na Unitel até o fim desse ano. A transação é avaliada em 1 bilhão de dólares, dinheiro que seria muito bem-vindo no caixa. Além disso o processo de venda de torres de telefonia deve ser concluído em meados de 2020, com a totalidade dos recursos entrando no caixa até o fim do primeiro trimestre.

A OI informou que quer se desfazer de parte de seus imóveis, e também apontou a expectativa de que a captação de 2,5 bilhões através de uma dívida garantida deve ser concluída até janeiro.

A cereja do bolo, entretanto veio da confirmação de que a Oi contratou um assessor financeiro para avaliar sua operação móvel. A confirmação abre um leque de possibilidades. A companhia pode vender apenas essa parte, pode desmembrar os negócios e vende-los para grupos diferentes, pode vender tudo para um único grupo ou pode simplesmente não fazer nada.

Como costumamos falar na Levante, não gostamos de operar eventos, e o resultado apresentado continua nos mostrando que serão possíveis eventos que vão destravar valor para a companhia.