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Oi dispara 17% com contrato de exclusividade por telefonia móvel

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Por Gabriel Codas – Investing.com – Nos primeiros negócios da manhã desta quinta-feira, as ações da Oi (SA:OIBR3) operam com forte valorização, chegando a disparar 17%. A companhia divulgou na noite de ontem que firmou um acordo de exclusividade com a Highline, controlada da americana Digital Colony, para a negociação da operação de telefonia móvel. O valor apresentado supera o mínimo de R$ 15 bilhões estipulado pela operadora, e tem prazo até o dia 3 de agosto, podendo ser estendido. A Digital Colony tem assessoria do Bradesco BBI, já o Bank of America atua com a Oi.

Por volta das 10h30, os ON tinham ganhos de 12,69% a R$ 1,51 e as PN 5,13% a R$ 1,64. Já a TIM perde 3,35% a 15,56, com a Vivo cedendo 2,41% a R$ 50,26.

Desta forma, a oferta apresentada supera a conjunta realizada pela TIM (SA:TIMP3), Vivo e Claro, no final de semana. Com isso, os papéis de TIM e Telefonica (MC:TEF) Brasil (SA:VIVT4) caem na B3, queda respectiva de 3,53% a R$ 15,56 e 2,7% a R$ 50,11.

Segundo a Oi, o acordo de exclusividade visa garantir segurança e celeridade às tratativas em curso entre as Partes; e  permitir que, uma vez satisfatoriamente finalizadas as negociações dos documentos entre as Partes, a Oi tenha condições de pré qualificar a Highline, na condição de ‘stalking horse’, para participação no processo competitivo de alienação da UPI, garantindo assim o direito de cobrir (right to top) outras propostas recebidas no referido processo”.

Em nota enviada a clientes, o Credit Suisse acredita que a oferta da Highline deve se tornar publica após o período de exclusividade. Para a equipe, a notícia é negativa para TIM, Vivo e Claro. Eles acreditam que a Oi Mobile vale mais nos negócios dos players existentes do que em uma base independente.

Assim, a avaliação é que Vivo, TIM e Claro devem acabar vencendo a disputa pela Oi no quarto trimestre. Apesar disso, eles destacam que o apetite da Highline é maior do que o esperado, aumentando a chance de um resultado diferente no leilão.

Já para a Oi, o banco vê a notícia como muito positiva, uma vez que a empresa dá sinais de ter garantido uma oferta de pelo menos R$ 15 bilhões, além de um possível interesse da Highline pela fatia da FiberCo.

Reuters

No final da tarde de ontem, a Reuters já informava sobre a proposta da Digital Colony, que  pode buscar parcerias com outras empresas de telecomunicações para fornecer serviços usando a infraestrutura adquirida da Oi, caso sua proposta saia vencedora. Ela poderia vir a vender alguns dos ativos comprados.

A empresa de private equity, que tem cerca de US$ 20 bilhões em ativos sob gestão, já está conversando com um desses potenciais parceiros, a Algar Telecom, sobre um possível acordo, afirmaram as fontes.

A Highline também entregou uma proposta vinculativa para adquirir a unidade de torres de telefonia da Oi por 1,08 bilhão de reais na sexta-feira.