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Oi salta 15% com possível acordo com Telefônica e TIM para compra

Por Gabriel Codas

Investing.com – As ações das companhias de telefonia Telefônica Brasil SA (SA:VIVT4), TIM (SA:TIMP3) e Oi (SA:OIBR3) operam com forte valorização depois que, na noite de ontem, as duas primeiras manifestaram interesse uma negociação conjunta para compra da operação de telefonia celular da companhia em recuperação judicial.

A operação pode significar a saída de mais uma operadora do setor no país, concentrando o mercado nacional em três grandes grupos.

Assim, por volta das 11h40, os papéis da Telefônica ganhavam 2,83% a R$ 55,59, com os da TIM subindo 3,68% a R$ 16,08 e os da Oi 15,73% a R$ 1,03. A alta ocorrem em mais um dia de aversão ao risco por temores dos impactos do coronavírus na economia. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, tinha perdas de 2,08% a 90.292 pontos.

As companhias informaram o assessor financeiro da Oi Bank of America Merrill Lynch do interesse de ambas em iniciarem negociações para uma potencial aquisição de toda ou parte dos negócios com telefonia celular da Oi, que está em recuperação judicial desde 2016.

Se as duas operadoras forem bem-sucedidas, elas irão dividir entre si os negócios adquiridos, segundo comunicados enviados ao mercado.

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Em setembro, a Reuters havia publicado que a Oi estava em negociações com as duas operadoras rivais para vender ativos e tentar evitar a insolvência.

Executivos de todas as três operadoras do Brasil, Telefônica TIM e América Móvil (grupo Claro) afirmaram na ocasião que poderiam considerar um acordo com a Oi. Na época, o então vice-presidente de operações da Oi, Rodrigo Abreu, hoje presidente da empresa, afirmou que a operadora iria considerar vender sua operação de telefonia móvel se recebesse ofertas atraentes.

Também em setembro do ano passado, a América Móvil recebeu permissão do órgão de defesa da concorrência, Cade, para comprar a Nextel Brasil. O grupo mexicano anunciou o acordo para aquisição da rival em março passado, por 905 milhões de dólares.

*Com Reuters