A expressão Open Banking ou "Banco Aberto", em português, é um novo modelo de sistema financeiro em que há a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de seus dados entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site de cada banco, de forma mais ágil.
O novo sistema entrou em vigor em fevereiro deste ano e desde então, o compartilhamento é apenas de dados das próprias instituições, como informações sobre os canais de atendimento e produtos.
Haverá ainda mais três fases do Open Banking. A segunda estará disponível a partir do dia 15 de julho e os clientes poderão compartilhar informações da conta bancária, dos cartões e operações de crédito, além de dados pessoais.
Na terceira fase, a partir de 30 de agosto, será possível realizar a solicitação da autorização de pagamento e encaminhar propostas de operações de crédito. Já na última fase, estipulada para 15 de dezembro, poderão ser feitas operações de câmbio, investimento e seguro.
O serviço vai permitir que as instituições se conectem diretamente às plataformas umas das outras e acessem os dados autorizados pelos clientes. O sistema oferece mais controle da vida financeira aos clientes e disponibiliza a alternativa de gerenciar as contas bancárias em um só local. Além disso, é considerado seguro e gratuito pelos bancos. Também é possível desativar a operação posteriormente, caso o cliente queira.
Vivaldo José Breternitz, professor de Inteligência Artificial na Universidade Presbiteriana Mackenzie, avalia a novidade como um avanço e um modelo financeiro que facilitará a vida do cliente: "O compartilhamento de dados tornará possível, ainda, que as instituições participantes ofereçam soluções que facilitam às pessoas controlarem suas vidas financeiras. Quem, por exemplo, possui mais de uma conta bancária ou tem conta em um banco e investimentos em outro, poderá ver todos os seus dados em um único local. Espera-se que o open banking incentive a inovação e o surgimento de novos modelos de negócios que oferecerão aos clientes experiências fáceis, ágeis e seguras", acrescenta.
A partir da primeira fase as instituições classificadas pelo Banco Central serão obrigadas a aderir ao modelo. Na terceira fase, todas as instituições detentoras de contas ou com contrato reguladas pelo Banco Central terão participação obrigatória.
Já as demais instituições, ficará ao critério de cada uma decidir se receberão os dados compartilhados ou não. As participantes poderão então fazer ofertas de produtos e serviços para clientes de seus concorrentes, que poderão obter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas.
Quanto às mudanças dentro dos bancos, Vivaldo explica: "acredita-se que o fluxo mais transparente de informações entre as instituições favoreça a definição de melhores políticas de crédito e a oferta de serviços mais adequados aos diferentes perfis de clientes e de segmentos da sociedade. Também é esperado que as inovações facilitem a comparação de produtos e serviços ofertados pelas diferentes instituições participantes".
Com informações da Assessoria de Imprensa Instituto Presbiteriano Mackenzie.