Uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, que abrange as regiões de Cordovil e Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio de Janeiro, causou caos e deixou uma pessoa morta e cinco feridas na manhã desta quinta-feira (24).
O tiroteio intenso durante a ação levou ao fechamento da Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, e de cinco estações de trem, além da interrupção de serviços de saúde e alterações em linhas de ônibus como o BRT.
Ação policial e vítimas
A operação policial, que visava prender criminosos envolvidos em roubos de veículos e cargas, resultou em um confronto armado que interditou a Avenida Brasil por volta das 7:20, na altura da Cidade Alta.
Três das vítimas foram encaminhadas para o Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias.
Paulo Roberto de Souza, de 60 anos, morreu ao dar entrada no hospital, com uma perfuração na cabeça.
Geneilson Eustáquio Ribeiro, de 48 anos, sofreu uma lesão grave no crânio e foi entubado, com quadro crítico.
Alayde dos Santos Mendes, de 24 anos, foi baleada na coxa direita e seu estado foi declarado estável.
Além disso, outras três pessoas foram feridas e levadas para o Hospital Geral de Bonsucesso, na capital fluminense, onde são atendidas.
Avenida Brasil fechada
O tiroteio e a operação causaram graves transtornos na mobilidade urbana.
A Avenida Brasil foi fechada nos dois sentidos, o que afetou o trânsito em uma das vias mais movimentadas do Rio de Janeiro.
Além disso, cinco estações do ramal Saracuruna foram fechadas: Penha Circular, Brás de Pina, Cordovil, Parada de Lucas e Vigário Geral.
As composições ficaram paradas e aguardavam autorização para seguir viagem.
Mais de 20 linhas de ônibus que passam pela área também tiveram seus trajetos alterados, o que causou dificuldades para os passageiros, que ficaram acuados nos pontos de ônibus e nas estações.
O Centro Municipal de Saúde Iraci Lopes e a Clínica da Família Heitor dos Prazeres interromperam suas atividades nesta manhã.
Já o CMS José Breves dos Santos atrasou o início do atendimento e ainda avalia a possibilidade de abrir suas portas ao público.
A Secretaria Estadual de Educação informou que, até o momento, uma escola da rede estadual precisou ser fechada na região por conta da violência.