PEC da Transição, Fernando Haddad, IGP-M, Caged e Jerome Powell: notícias que movimentam o dia (29)

Fique por dentro dos principais assuntos que movimentam os negócios no Brasil e no exterior nesta terça-feira (29):

Brasil

PEC da Transição – O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, protocolou na segunda-feira (28), no Senado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. O documento retira o Bolsa Família do teto de gastos por quatro anos. Essa foi a principal mudança em relação ao anteprojeto apresentado há quase duas semanas pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Apesar da medida, o PT se diz disposto a negociar um prazo de dois anos, por pressão dos parlamentares. O impacto fiscal das medidas no ano que vem foi calculado em até R$ 198 bilhões.

De acordo com o Broadcast, espera-se que a PEC seja aprovada ainda nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que quer relatar a proposta.

A previsão inicial do PT era que a PEC fosse aprovada no plenário do Senado nesta terça-feira (29).

Como ainda não existe consenso sobre o texto, os petistas já admitem nos bastidores que a votação pode ficar para a semana que vem, com a aprovação nesta semana apenas na CCJ.

Na Câmara dos Deputados, dizem os correligionários de Lula, o acordo está mais avançado porque a PEC foi atrelada ao apoio do PT à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Casa, que deve ser anunciado nesta terça-feira (29). 

Depois de participar de reunião de integrantes do MDB com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento do ano que vem, disse que o petista está “aberto à negociação” em relação à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, apresentada nesta segunda-feira. “Ele sempre foi [aberto à negociação], tem a cabeça boa”, afirmou.

Até às 21:20 de ontem (28), o texto não reunia 27 assinaturas necessárias para sua tramitação. Apenas 14 senadores haviam subscrito o documento.

(Broadcast)

Fernando Haddad – O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), favorito para assumir o Ministério da Fazenda, afirmou que “entende” a reação negativa do mercado financeiro à sua participação em evento da Febraban na última sexta-feira devido à falta de detalhamento na área fiscal.

“Entendo da parte dos operadores de mercado a ansiedade de saber como essas negociações vão ocorrer, mas eu não era a pessoa indicada para esse papel”, afirmou Haddad na saída do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília (DF).

O ex-ministro da Educação afirma que compareceu ao evento na condição de representante do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, e não como integrante do governo de transição.

(Broadcast)

Por fim, informou a jornalistas que vai manter conversas nesta semana com economistas que compõem o grupo técnico da equipe de transição, como Guilherme Melo.

ICMS – Estados tentam costurar um acordo com o novo governo em relação ao ICMS – secretários estaduais de Fazenda calculam uma perda que pode superar R$ 120 bilhões. 

(GloboNews)

Defesa – O ex-ministro da Articulação Política nos governos Lula (PT), José Mucio Monteiro foi escalado pelo presidente eleito para fazer parte do grupo da Defesa na transição. Ele passou a ser cotado para ser o futuro ministro Defesa, informou o colunista Valdo Cruz, do g1.

Nelson Jobim e Jaques Wagner são cotados para a pasta.

Além dele, militares ligados a Lula também farão parte da transição. O ex-comandante da Aeronáutica Junito Saito, o ex-comandante do Exército Enzo Peri e o general G. Dias.

De acordo com o jornalista, a equipe da transição mantém conversas com o ex-ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o ex-comandante do atual governo Edson Pujol. Os dois foram demitidos por Jair Bolsonaro (PL) por não concordarem com o uso político das Forças Armadas (FFAAs).

(g1) (GloboNews)

Ministérios – Lula (PT) disse a aliados que primeiros ministros serão anunciados nesta semana: Fernando Haddad, Simone Tebet, Marina Silva e Rui Costa são cotados, informou o jornalista Ricardo Abreu.

(GloboNews)