Fique por dentro dos principais assuntos que movimentarão os mercados financeiros do Brasil e do exterior nesta segunda-feira (28):
Brasil
PEC da Transição – O impacto total da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição formulada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode chegar a R$ 203 bilhões em despesas fora do teto de gastos no próximo ano sem que o destino de aproximadamente R$ 85 bilhões – que ficariam "liv,
res" no Orçamento de 2023 – seja conhecido no momento da aprovação, informou o jornal O Tempo no último sábado (26), com cálculos do economista Dalmo Palmeira, assessor de Orçamento no Senado Federal.
A PEC retira quatro despesas do teto de gastos em 2023: o Auxílio Brasil (que volta a se chamar Bolsa Família) com pagamento de R$ 600 mais um benefício extra para crianças de até seis anos de R$ 150 (R$ 175 bilhões); novos investimentos pagos com excesso de arrecadação (R$ 23 bilhões); despesas de instituições federais de ensino, doações ou convênios (R$ 5 bilhões); e doações para o meio ambiente (R$ 100 milhões).
“O que está sendo discutido com relação à PEC foi aprovado por 100% do eleitorado brasileiro, por quem votou no presidente Lula e quem votou em Bolsonaro”, lembrou Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, na última sexta-feira (25).
Lula chega à Brasília (DF) nesta semana e se reúne com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para destravar as negociações da PEC. O presidente eleito permanece na capital federal por toda a semana.
A equipe de transição para o futuro governo do petista chegou a se reunir com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que havia oferecido uma proposta alternativa à defendida. Em seu texto, o parlamentar defende gastos extras limitados a R$ 80 bilhões.
Fernando Haddad no Ministério da Fazenda – Mesmo após frustrar as expectativas do mercado financeiro em relação ao anúncio das regras fiscais que serão adotadas no próximo governo, durante participação em almoço com banqueiros promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), segue como o nome preferido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Ministério da Fazenda.
A avaliação foi feita por pessoas próximas ao presidente eleito, segundo apurou o jornal O Globo, durante encontro do Grupo Esfera, no Guarujá, litoral de São Paulo.
Em sua fala aos empresários, Fernando Haddad defendeu a reforma tributária, a ampliação de gastos para investimentos em Ciência e Tecnologia e no atendimento às famílias mais pobres e tornou a defender que responsabilidades social e fiscal não são indissociáveis.
Pérsio Arida: vai ou não vai? – Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-presidente do Banco Central e do BNDES, Pérsio Arida, que integra a equipe de transição de Lula, negou ter recebido convite formal para equipe econômica. O economista afirmou não ter intenção de ter cargos no novo governo Lula (PT).
Reformas e imposto sindical – Em evento com empresários na cidade de Guarujá (SP), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) negou a revogação de reformas e a volta do imposto sindical. “Não há reformas a serem desfeitas”. “Não vai voltar imposto sindical nem legislado sobre acordado”, disse o político. “Quem fez a primeira reforma da Previdência foi o Lula”, relembrou.
Defesa – Nesta segunda-feira (28), nomes que formarão o núcleo técnico do grupo de transição para a pasta da Defesa serão anunciados. A alta cúpula das Forças Armadas analisa com cautela os integrantes da comissão, enquanto aliados do novo governo petista buscam vencer resistências com a escalação.
Caixa Econômica Federal – Com falta de recursos, a Caixa Econômica Federal passou a restringir a concessão de crédito consignado no Auxílio Brasil, destacou o jornal O Globo no último sábado (27).
A concessão para os beneficiários caiu de 114 mil contratos por dia em outubro para 1.500 em novembro, disseram fontes do banco estatal ao veículo. Corte ocorre em todas as linhas, informaram.
Trabalho – A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que os prestadores de serviço por meio de aplicativos (motoristas, motoboys e entregadores de plataformas como Uber, 99, Rappi e iFood) tenham direitos correspondentes aos dos assalariados cobertos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), destaca reportagem do jornal O Globo do último domingo (27).
Boletim Focus – Às 8:25 desta segunda-feira (28), o Banco Central divulgou as projeções mais atualizadas para a inflação (IPCA), juros (Selic), crescimento (PIB) e câmbio (dólar) em seu relatório semanal Boletim Focus, com uma média elaborada a partir de economistas consultadas pela autoridade monetária.
Mega-Sena – A Mega-Sena acumulou e o prêmio vai a R$ 65 milhões.
Big techs – O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), saiu em defesa neste sábado (26) da regulamentação da internet para posterior tributação de empresas que operam no ambiente virtual.
“Tem que tributar. Antigamente, as empresas mais valiosas do mundo eram as que exploravam petróleo, fabricavam automóveis e as dos grandes equipamentos, como a General Eletric. Hoje em dia são Apple, Amazon, Facebook, Google e Microsoft. Tem que tributá-las, então tem que regular para tributar”, avaliou o magistrado. (Agência Estado)
Passaportes – O Ministério da Economia liberou, na última sexta-feira (25), R$ 37,3 milhões para a Polícia Federal retomar a emissão de passaportes. O órgão suspendeu as operações na semana passada com a alegação de falta de verbas.
EUA
Nos EUA, serão conhecidos os números do Índice de Atividade das Empresas Fed–Dallas referentes ao mês de novembro.
James Bullard e John Williams, membros do Fomc, discursarão por volta das 14:00.
Europa
BCE – Discurso de McCaul, membro do BCE, foi programado para às 8:25, no horário de Brasília. Christine Lagarde, presidente da autoridade monetária, fala às 11:00.
Ásia
Japão – O Japão reporta, à noite, a proporção de ofertas de emprego e a taxa de desemprego referentes ao mês de outubro, ao passo que informarão também vendas em varejistas de grande porte (mensal) e os números anualizados do setor em geral.