No “Mês do Consumidor”, a Proteste (Associação de Consumidores), divulga os resultados da segunda edição da pesquisa comportamental sobre “Aspectos do Endividamento”. O estudo foi realizado na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro, com 500 entrevistados.
A pesquisa tem como objetivo entender o grau de endividamento dos consumidores e quais comportamentos e fatores externos fazem com que ele atrasem os pagamentos.
De acordo com os resultados, 23% dos entrevistados acreditam estar “muito endividados”, um crescimento de 5% em relação a 2021. Destes, 36% têm pelo menos uma dívida em atraso.
Focando nos dados regionais, é possível verificar que os cariocas têm uma percepção maior do próprio endividamento, sendo que 26% dos entrevistados consideraram-se “muito endividados”, contra 21% dos paulistanos.
No entanto, a percepção de endividamento dos paulistanos cresceu 10%, uma vez que em 2021 eles somavam apenas 11% de “muito endividados”.
Cobrança e Renegociação de Dívidas
Outro dado importante mostra que 92% dos consumidores, que têm pelo menos uma dívida em atraso, relatam que estão sendo ainda mais cobrados que o ano anterior.
De acordo com a pesquisa, 31% dos entrevistados já precisaram e conseguiram renegociar uma dívida, porém, 51% desses consumidores acharam as propostas de renegociação desvantajosas. 80% apontaram os juros muito altos como uma das principais desvantagens, seguido de parcelamentos muito longos (46%).