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Pesquisa mostra avaliação negativa de Bolsonaro superando aprovação pela primeira vez

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A rodada extraordinária da pesquisa XP/Ipespe, patrocinada pela corretora XP Investimentos, mostra, pela primeira vez neste ano, a avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro superando a opinião positiva. O grupo de entrevistados que classifica a atuação do governo como ruim ou péssima subiu 5 pontos percentuais (de 31% para 36%), enquanto os que avaliam a atual administração como ótima ou boa oscilaram de 35% para 34%. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais, ou seja, oscilações dentro desse intervalo podem ser apenas ajustes.

A aprovação do governo Bolsonaro terá um teste neste fim de semana, de acordo com a força dos protestos a favor do presidente e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. O presidente já afirmou que não vai participar das manifestações.

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De Regular para Ruim

Segundo relatório enviado pela corretora aos clientes, considerando a redução observada entre os entrevistados que avaliam o governo como regular, é provável que pessoas desse grupo tenham migrado para uma opinião negativa sobre o governo.

Foram feitas 1.000 entrevistas nos dias 20 e 21 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Expectativa ruim para o resto do mandato

Segundo a XP, a tendência descendente foi observada ainda na expectativa da população para o restante do mandato de Bolsonaro. O grupo de entrevistados que esperam que o restante do governo seja ótimo ou bom caiu de 51% para 47%. Na contramão, oscilou também 4 p.p. para cima o percentual dos que têm expectativa de que o restante do mandato seja ruim ou péssimo.

Agenda no Congresso: 30% culpam parlamentares

Nesta rodada, os entrevistados foram provocados pela primeira vez a avaliar o andamento da agenda do presidente Bolsonaro no Congresso. Apenas 4% dos entrevistados avaliam como satisfatória a execução dos objetivos do governo no parlamento. Enquanto, 35% afirma que a agenda tem prosseguido lentamente por culpa do governo e do Congresso. Outros 30% creditam o ritmo lento à atuação apenas do Congresso e 20% culpam só o governo Bolsonaro pela lentidão.

Mais da metade acharam manifestações importantes

A rodada extraordinária da pesquisa buscou medir também a opinião da população sobre os protestos ocorridos no último dia 15 de maio, contra o contingenciamento de verbas do Ministério da Educação. Mais da metade dos entrevistados (57%) afirmam que as manifestações tiveram importância, enquanto outros 38% afirmam que o movimento não teve relevância. É quase um consenso (86%) entre os entrevistados que os protestos devem voltar a ocorrer.

70% defendem presidencialismo

Na esteira do protagonismo do Congresso Nacional em relação à agenda de reformas, a pesquisa XP perguntou a opinião da população sobre uma eventual mudança no sistema de governo do país. A manutenção do atual sistema de presidencialismo foi defendida por 70% dos entrevistados. Outros 18% concordam que com a mudança para o parlamentarismo.

Foram entrevistadas mil pessoas por telefone em todo o país nos dias 20 e 21 de maio.

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