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Petrobras paralisa projeto Gaslub Itaboraí, e ações recuam

Por Gabriel Codas

Investing.com – Na parte da tarde desta sexta-feira na bolsa paulista, as ações da Petrobras (SA:PETR4) operam com leve queda na bolsa paulista. A estatal informou na véspera que paralisou temporariamente parte do projeto Gaslub Itaboraí (ex-Comperj), que compreende a construção do gasoduto Rota 3 e da unidade de processamento de gás natural (UPGN), e que dessa forma o cronograma das obras vai ser reavaliado.

Desta forma, por volta das 13h15, os papéis tinham perdas de 0,45% a R$ 15,65, enquanto o Ibovespa hoje operava com ganhos.

No mercado internacional, os preços do petróleo tinham direções mistas. Em Londres, o contrato futuro do petróleo Brent, referência internacional, registrava leve alta de 0,43% a US$ 27,78 o barril, enquanto o contrato do petróleo WTI, negociado em Nova York, despencava 9,16% a US$ 18,06 o barril.

A Petrobras informou nesta quinta-feira que paralisou temporariamente parte do projeto Gaslub Itaboraí (ex-Comperj), que compreende a construção do gasoduto Rota 3 e da unidade de processamento de gás natural (UPGN), e que dessa forma o cronograma das obras vai ser reavaliado.

A medida atendeu ao ofício da Secretaria Municipal de Saúde de Itaboraí (RJ), emitido em 23 de março, que solicitou a interrupção de 70% das atividades do empreendimento, como forma de prevenção ao coronavírus, disse a empresa.

“De imediato, não somente a Petrobras, assim como todas as empresas que estão mobilizadas nas obras, atenderam essa solicitação e, desde então, operam com cerca de 30% do contingente que estava mobilizado até a data do ofício…”, afirmou a Petroleira em nota.

Isso “significa que cerca de 4.000 trabalhadores estão afastados temporariamente das atividades no site, e as empresas estão aplicando onde possível o regime de trabalho remoto”. Diante de tal situação, a companhia informou que o cronograma das obras será reavaliado. Mas a empresa não divulgou datas.

O Projeto Integrado Rota 3 vai disponibilizar a terceira rota de escoamento para o gás natural do pré-sal. O empreendimento é composto pela Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) que terá capacidade de processar até 21 milhões de m³ por dia.

Além da UPGN, o projeto contempla a construção de um gasoduto com aproximadamente 355 km de extensão total, sendo 307 km de trecho marítimo —já construído— e 48 km de trecho terrestre, que está em construção, e escoará o gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos até a UPGN.