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Petrobras (PETR3)(PETR4) esclarece declarações de Prates sobre dividendos

Presidente da estatal concedeu uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada no último sábado (24)

Jean Paul Prates - Crédito: Jefferson Rudy / Agência Senado
Jean Paul Prates - Crédito: Jefferson Rudy / Agência Senado

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (PETR3)(PETR4), concedeu uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada no último sábado (24).

Entre os assuntos, o CEO da estatal mencionou sobre a intencionada mudança na política de dividendos que deve ser realizada em sua gestão. De acordo com o executivo, a mudança vai ser gradual, “sem cometer nenhum desatino, nenhum exagero”, em negociação com os acionistas.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encaminhou um ofício à companhia em busca de esclarecimentos sobre as declarações do diretor-presidente. 

O jornal questionou ao executivo sobre a possível antecipação da redução de dividendos com uma possível troca por recompra de ações. Nesse ponto, Prates declarou que a medida seria tolerada, uma vez que o diretor financeiro da estatal trabalha em uma proposta.

Contudo, Prates negou que vai acontecer algo, mas disse que a empresa “tem essa intenção”.

Em resposta à autarquia, a Petrobras relembrou que sua diretoria executiva foi determinada à elaborar uma proposta de aperfeiçoamento da política de remuneração aos acionistas, o que inclui a possibilidade de recompra de ações.

Prates alegou, durante a entrevista, que a alteração se justifica com a necessidade que a empresa tem de investir, sem prever se seria preciso estabelecer, de fato, uma nova regra. “Eu tenho algumas reservas sobre essa questão de ter sempre uma regra. A empresa tem que ter alguma flexibilidade”, declarou.

“Não vamos deixar ninguém sem dividendos, desassistido”, complementou.

De acordo com Prates, mudanças na política não ocorrerão no primeiro ano de sua gestão. “Talvez no próximo a gente faça alguma mudança ligeira, depois mais um pouco. Tem que ser uma coisa parcimoniosa, que não gere um trauma muito grande”, disse à Folha.

“Pode ser que não seja uma proposta completa, pode ser o primeiro passo, ou o segundo passo. A gente não precisa fazer tudo de uma vez”, afirmou.

Em ofício, a Petrobras reforçou que os estudos para o aperfeiçoamento da política de remuneração aos acionistas estão em andamento e, até a presente data, não houve deliberação do conselho de administração sobre o tema.

“Dessa forma, a companhia entende que as informações relevantes foram devidamente divulgadas ao mercado, não havendo fato novo a ser reportado”, declarou a petroleira.