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Petrobras (PETR3)(PETR4): plano estratégico vai ser modificado pelo governo Lula, diz FUP

De acordo com Bacelar, o futuro mandatário pretende incluir investimentos em aumento da capacidade de refino, em projetos de transição energética e outros

- Fernando Frazão/Agência Brasil
- Fernando Frazão/Agência Brasil

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, avalia que o planejamento estratégico da Petrobras (PETR3)(PETR4) 2023-2027, divulgado na quarta-feira (30) pela empresa, vai ser revisto pelo governo Lula (PT).

A companhia comunicou que seu conselho de administração aprovou o documento para o quinquênio, com previsão de aumento de volume de investimentos em 15% em relação ao plano anterior (2022-2026), o que chegaria ao patamar de US$ 78 bilhões.

De acordo com Bacelar, o futuro mandatário pretende incluir investimentos em aumento da capacidade de refino, em projetos de transição energética, com estímulos a fontes renováveis, como biocombustíveis, e encomendas à indústria naval brasileira, com a construção de plataformas e embarcações no país, e, consequentemente, gerar emprego no País.

“O novo plano deve ser realizado a partir das orientações e prioridades estratégicas dos representantes do novo governo”, diz Bacelar, que também integra ao Grupo de Trabalho (GT) de Minas e Energia, do governo de transição.

Ele lamentou o fato de o planejamento estratégico anunciado ontem não ter deixado explícito o compromisso de suspender o processo de privatizações até o final da atual administração.

Na última segunda-feira (28), em reunião com o CEO da estatal, Caio Paes de Andrade, representantes do GT pediram a suspensão das privatizações e o cancelamento do processo de conclusão (denominado “closing”) da venda da Refinaria do Amazonas (Reman) e demais ativos com closing previsto até 31 de dezembro.

Requerimento semelhante foi feito pela FUP no início do mês, por meio de ofício a Paes de Andrade e conselheiros da companhia.

“O closing da Reman, realizado na data de hoje, 30 de novembro, tinha que ser suspenso. Absurdo concluir essa operação de forma açodada, no apagar das luzes de um governo especialista em vender o patrimônio público brasileiro a preço de banana”, afirmou o dirigente da FUP.