A Petrobras (PETR3)(PETR4) anunciou na última segunda-feira (4), um acordo com fundo ligado ao Mubadala Capital para desenvolver futuros negócios no segmento de biorefino. Assim, a estatal estuda meios para a recompra da Refinaria de Mataripe (ex-Rlam), na Bahia.
No entanto, os movimentos futuros para a recompra deste ativo dependerão principalmente do andamento das negociações entre a petroleira e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Sobretudo, a Refinaria de Mataripe tem um projeto de construir uma unidade de biorrefino no valor de R$ 12 bilhões. A ideia do espaço é a produção de biocombustíveis.
Por isso, a petroleira assinou um memorando de entendimentos com o Mubadala para desenvolver futuros negócios em “downstream”.
"Este memorando está alinhado à nossa visão estratégica de preparar a Petrobras para um futuro mais sustentável e contribuir para o sucesso dos nossos planos de transição energética", disse, em nota, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Período de venda dos ativos
A unidade, que responde hoje por cerca de 14% da capacidade de refino de petróleo do Brasil, foi vendida pela Petrobras ao final de 2021, no governo Bolsonaro.
Naquele período, a estratégia era de redução da atuação da estatal nos mercados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Assim, das oito refinarias colocadas à venda na ocasião, a Petrobras vendeu três: além da unidade na Bahia, foram vendidas unidades no Amazonas e no Paraná. As outras não receberam propostas consideradas adequadas pela estatal.
Ao assumir, Lula determinou a suspensão do processo de venda de ativos da empresa para reavaliação.
Com isso, a Petrobras cancelou as negociações para venda de campos de petróleo no Amazonas e na Bahia e suas operações na Argentina, por exemplo.
A possibilidade de recompra da Refinaria de Mataripe vem sendo defendida publicamente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assim como pelos sindicatos que apoiaram a eleição de Lula e hoje têm cargos no comando da Petrobras.
Contém informações complementares de Folha de S.Paulo.