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Petrobras (PETR4): mesmo com acordo tributário, BTG Pactual projeta dividend yield de 16%

A empresa irá pagar R$ 19,8 bi, com um impacto líquido de caixa de aproximadamente R$ 2,5 bilhões

Rio de Janeiro – Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Rio de Janeiro – Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O conselho de administração da Petrobras (PETR3; PETR4) aprovou a adesão ao Edital de Transação da Receita Federal para resolver contenciosos tributários.

O acordo, que abrange litígios relacionados ao IRRF, CIDE, PIS e Cofins sobre remessas ao exterior, vai resultar no pagamento de R$ 19,8 bilhões, com um impacto líquido de caixa de aproximadamente R$ 2,5 bilhões após ajustes e depósitos judiciais.

No lucro líquido do 2º trimestre de 2024, o impacto após os efeitos tributários vai ser de aproximadamente R$ 11,8 bilhões.

A adesão permite o encerramento de discussões administrativas e judiciais referentes ao período de 2008 a 2013, que totalizam R$ 44 bilhões.

Além disso, o movimento traz benefícios econômicos para a companhia, uma vez que a manutenção das discussões implicaria em esforço financeiro para oferecimento e manutenção de garantias judiciais, além de outras custas e despesas processuais.

Qual a análise do BTG Pactual?

Para o BTG Pactual, embora o impacto do acordo seja marginalmente negativo para os dividendos da companhia no curto prazo, o anúncio será bem recebido pelos investidores.

"Mesmo assumindo os desembolsos esperados para este ano sem reembolso de curto prazo, vemos a empresa negociando com um rendimento de dividendos de 16% nos próximos 12 meses", escreveram os analistas.

O banco também estima potenciais fusões e aquisições de cerca de US$ 2 bilhões, um capex 20% menor do que a orientação para 2024, e o pagamento de US$ 4,6 bilhões em dividendos extraordinários.

"Vemos potencial de alta para esse retorno de dividendos, pois é possível que não haja fusões e aquisições e a empresa pode investir ainda menos do que estamos atualmente prevendo. A Petrobras continua sendo nossa principal escolha", diz o relatório assinado por Henrique Pérez, Pedro Soares e Thiago Duarte. 

O banco mantém a recomendação de compra nos ADRs da empresa na bolsa de Nova York (PBR), com preço-alvo de US$ 19,00 em doze meses. 

Nesta terça-feira (18), por volta de 12:53 (horário de Brasília), os ADRs subiam 2,85%, a US$ 13,89.