Reflexos da guerra

Petróleo brent pode fechar 2022 a US$ 185 o barril sem o fornecimento russo, diz JPMorgan

Banco destaca que 66% de todo o petróleo do país está enfrentando dificuldades para encontrar um comprador

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Mesmo que o petróleo tenha sido retirado do pacote de sanções à Rússia, os impactos no setor parecem inevitáveis e a commodity russa está sendo ficando em segundo plano. É isso o que aponta o JPMorgan que ainda destaca que 66% de toda o petróleo do país está enfrentando dificuldades para encontrar um comprador.

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O presidente dos EUA, Joe Biden, é pressionado por congressistas de ambos os partidos do seu país para cortar completamente as importações americanas de petróleo e gás da Rússia. Já a Europa está repensando a estratégia energética, em que um requisito “livre de Rússia” pode ser adicionado ao requisito “livre de carbono”.

E, para os analistas do banco, em um caso extremo, se a interrupção dos volumes russos da commodity durar ao longo do ano, o preço do petróleo brent poderia terminar 2022 a US$ 185 o barril.

Ilustrando a dificuldades dos produtores russos, o JP aponta que “nove cargueiros com 100 toneladas de petróleo cada, para entrega em março, não conseguiram encontrar compradores na quarta – depois de já ter falhado na segunda e na terça.” Enquanto isso, o Urals, referência de petróleo na Rússia, está sendo negociado a um desconto de US$ 20 o barril na comparação com o benchmark internacional, mas mesmo assim não tem recebido ofertas.

Porém, os analistas mantêm a projeção de preços, projetando o preço do petróleo brent a uma média de US$ 110 o barril no segundo trimestre de 2022,  US$ 100 o barril no terceiro trimestre e US$ 90 nos últimos três meses do ano, com os preços subindo até US$ 120 o barril nesse meio tempo. Sem barris iranianos, os preços do petróleo ficariam em média a US$ 115 no segundo trimestre, US$ 105 no período seguinte e US$ 95 no quarto trimestre.

*Com informações da Reuters e Infomoney