Por Peter Nurse, da Investing.com – Os preços do petróleo saltaram na sexta-feira (1), encerrando em tom positivo uma semana difícil, diante da expectativa de que uma restrição maior da oferta pesasse mais sobre o mercado do que uma desaceleração econômica mundial.
Às 13h02, o petróleo norte-americano WTI subia 2,09%, a US$ 108,04 por barril, enquanto o Brent se valorizava 1,99%, a US$ 111,22.
O contrato futuro de gasolina RBOB nos Estados Unidos apresentava alta de 3,01%, a US$ 3,6551 por galão.
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A National Oil Corporation, da Líbia, decretou estado de força-maior na quinta-feira em seus portos de Es Sider e Ras Lanuf, bem como no campo petrolífero de El Feel, ampliando a situação extraordinária em vigor nos portos de Brega e Zueitina.
Isso fez com que a produção no país caísse fortemente, com as exportações diárias variando entre 365.000 e 409.000 barris por dia (bpd), uma redução de 865,000 bpd em comparação com a produção em “circunstâncias normais”, afirmou a NOC.
Para piorar a situação, um grupo de trabalhadores petrolíferos offshore da Noruega decidiu entrar em greve a partir de 5 de julho, o que pode reduzir a produção petrolífera do país em cerca de 4%.
Ao mesmo tempo, as chances de retomada do acordo nuclear de 2015 com o Irã parecem ser pequenas, após tratativas indiretas entre EUA e o país persa, em Doha, encerrarem sem progresso, limitando a possibilidade de retorno do petróleo iraniano ao mercado global em breve.
Dito isso, ambos os contratos referenciais registraram vendas durante a maior parte da semana, encerrando o mês em baixa, na quinta-feira, pela primeira vez desde novembro, devido a preocupações de que um aperto monetário agressivo possa restringir a atividade econômica e provocar uma destruição de demanda.
“Há um risco bastante concreto de que vejamos uma deterioração maior nos gastos ao longo do segundo semestre do ano”, disseram analistas da ING, em nota. “Portanto, para o petróleo, está claro que fatores macro ainda são os vetores mais importantes para a direção dos preços no momento.
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), entre os quais está a Rússia, confirmaram, na quinta-feira, o plano previsto de elevações modestas de produção em agosto.
“A reunião de ontem da Opep+ não apresentou muitas novidades”, afirmou a ING. “No entanto, a próxima reunião, agendada para 3 de agosto, pode ser mais interessante, dado que o presidente americano, Joe Biden, deve visitar o Oriente Médio em julho. Ele provavelmente pressionará os produtores da região a aumentar a oferta de forma mais veemente”.
Mais tarde durante a sessão, o foco estará voltado à contagem de sondas da Baker Hughes e aos dados de posicionamento líquido da CFTC.
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