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Petróleo interrompe rali de 4 dias após oscilações da UE quanto à Rússia

O petróleo WTI, negociado em Nova York e referência do petróleo nos EUA, fechou a US$ 112,40, queda de US$ 1,80, ou 1,6%

- Zbynek Burival via Unsplash
- Zbynek Burival via Unsplash

Por Barani Krishnan, da Investing.com – Os preços do petróleo caíram pela primeira vez em cinco dias, após os participantes do mercado mostrarem seu descontentamento com a continuada oscilação da Europa quanto à sua proposta de embargo ao petróleo russo.

Soma-se ao peso sobre o petróleo a publicação da Reuters de que o governo Biden deve emitir uma aprovação iminente para que a petroleira norte-americana Chevron Corp (SA:CHVX34)(NYSE:CVX) negocie a reabertura das atividades com o governo do presidente venezuelano Nicolas Maduro, suspendendo temporariamente a proibição de tais discussões.

O petróleo WTI, negociado em Nova York e referência do petróleo nos EUA, fechou a US$ 112,40, queda de US$ 1,80, ou 1,6%. O benchmark bruto dos EUA apresentava um aumento acumulado de 14,5% nos quatro pregões anteriores, atingindo a máxima de 7 semanas a US$ 114,90 na segunda-feira.

O Brent, cotado em Londres e referência mundial de preços, fechou a US$ 111,93, queda de US$ 2,31, ou 2%. O valor de referência global da commodity também subiu 11,5% entre os dias 10 e 16 de maio, tendo alcançando o patamar mais elevado em um mês, de US$ 114,79, no pregão anterior.

"Os preços do petróleo subiram inicialmente na medida em que a luta da China contra a Covid parece seguir rumo à direção certa, mas desistiram de boa parte dos ganhos depois que as autoridades dos EUA terem indicado que a estratégia para o petróleo russo poderia passar do embargo a tarifas", afirmou Ed Moya, analista da plataforma de negociação online OANDA.

"O mercado petrolífero continua apertado, mas se a UE adotar a estratégia de aplicar tarifas sobre o petróleo russo em vez de as eliminar gradualmente, o rali dos preços do petróleo poderá exibir certa exaustão aqui", acrescentou Moya.