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Petróleo sobe; preços sauditas e notícias sobre Ômicron ajudam a aumentar a confiança

Às 13h15, os contratos futuros do petróleo WTI, comercializado em Nova York, eram negociados com alta de 3,17% a US$ 68,36 por barril, enquanto os contratos do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, apresentavam alta de 2,9% a US$ 71,91

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Por Peter Nurse, da Investing.com – Os preços do petróleo avançavam na segunda-feira com a crescente confiança de que a variante Ômicron do coronavírus terá apenas impactos limitados sobre a procura global por energia, enquanto um aumento iminente das exportações iranianas parece improvável.

Às 13h15, os contratos futuros do petróleo WTI, comercializado em Nova York, eram negociados com alta de 3,17% a US$ 68,36 por barril, enquanto os contratos do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, apresentavam alta de 2,9% a US$ 71,91.

Os futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam avanço de 2,73%, a US$ 2,0063 por galão.

Os mercados brutos foram atingidos no último mês pelo receio de que o aumento do número de casos de Covid, agravado pela recente descoberta da nova variante Ômicron, afetaria a demanda por petróleo, bem no momento em que os países começam a se abrir novamente.

Ambas as referências da commodity caíram pela sexta semana consecutiva na semana passada, com os dois contratos apresentando queda de mais de 10% no último mês.

No entanto, as notícias da África do Sul, onde a nova variante foi descoberta, sugerem que os casos de ômicron apresentaram apenas sintomas leves. Além disso, o principal consultor médico do presidente Joe Biden, Dr. Anthony Fauci, disse à CNN numa entrevista no fim de semana que "não parece existir um grande grau de gravidade nela".

Isto ajudou a impulsionar a confiança do mercado de que as restrições de viagens que muitos países vem implementando a fim de combater a propagação da variante podem ser de curta duração, sem impactos sérios sobre a demanda global.

Soma-se ao tom positivo a notícia de que a Arábia Saudita, o maior exportador mundial, subiu o preço de venda do seu petróleo para os EUA e a Ásia, mesmo após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados terem decidido manter o seu plano de aumentar o fornecimento em 400.000 barris por dia em janeiro, durante sua reunião da semana passada.

"A iniciativa sugere que os sauditas têm confiança nas perspectivas da demanda e o mercado parece estar encontrando alívio nesse fato", afirmaram os analistas do ING em relatório.

Além disso, a hipótese de que uma oferta iraniana adicional atinja o mercado global num futuro próximo parece estar diminuindo, depois que as conversas entre as potências mundiais e o país do Golfo Pérsico sobre a retomada do acordo nuclear iraniano de 2015 terem sido suspensas na semana passada.

O Ministério do Exterior do Irã disse na segunda-feira que espera que a próxima rodada de negociações em Viena comece no final desta semana, mas os dois lados ainda parecem estar longe demais para que um acordo seja concluído no curto prazo.

Os dados de posicionamento de CFTC de sexta-feira mostraram que os especuladores cortaram os seus longs líquidos no contrato do Brent para a menor posição desde novembro do ano passado, enquanto os longs do WTI foram reduzidos para o menor patamar desde abril do ano passado.

"A descarga de longs deixa a porta aberta para que os especuladores voltem ao mercado com estes níveis mais baixos", acrescentou o ING.