Análise

PetroRio (PRIO3): entenda os motivos que estão deixando o mercado otimista

Analistas e investidores estão atentos ao desempenho da PetroRio, que no último ano já acumula alta de cerca de 36,9% em seus papéis

03/05/2022 10:38

Com os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia e o temor em torno da perspectiva de uma queda na oferta do petróleo, o que eleva os preços da commodity, as ações das companhias petroleiras tiveram um desempenho positivo no mês. Porém, analistas e investidores estão atentos à PetroRio que no último ano já acumula alta de cerca de 36,9% em seus papéis.

Além do cenário ligado à própria commodity, o mercado se mostrou ainda mais otimista com a conclusão, na última semana, da compra pela PetroRio da totalidade da participação da Petrobras (PETR4) na concessão de Albacora Leste, na Bacia de Campos,.

Na análise da Nord Research, a transação de Albacora Leste é apenas a ponta do iceberg de um plano de crescimento que pode multiplicar o tamanho da PetroRio por mais de 5 vezes. Só Albacora Leste praticamente dobra o tamanho da companhia. Hoje, a empresa produz 34 mil barris/dia, e a aquisição adiciona outros 27 mil.

Além disso, o analista e sócio-fundador da Nord Research, Bruce Barbosa, cita que Albacora Leste é o menor dos dois campos e que PetroRio ainda pode adicionar 75 mil barris/dia (depois do desenvolvimento do campo) e mais 40 mil do Campo de Wahoo, cuja previsão é de que as perfurações comecem no final deste ano.

"As fusões e aquisições sempre estiveram entre os principais impulsionadores da criação de valor para a PRIO3. E há muito defendemos que apostar na empresa também era apostar no seu crescimento (inorgânico). Sim, a empresa negocia com um prêmio em relação aos seus pares mais óbvios, em parte como resultado de seu histórico e execução comprovados. Mas Albacora Leste é um ativo transformador, que juntamente com os altos preços do petróleo e seu sólido plano de revitalização devem oferecer espaço para expansão dos lucros no futuro", diz relatório do BTG Pactual assinado pelos analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Bruno Lima.

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