Economia

PIB do Brasil cresce 0,1% no terceiro trimestre, mais que o esperado

A soma dos bens e serviços finais produzidos no país está novamente no maior patamar da série histórica e opera 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou estável (0,1%) na passagem do segundo trimestre para o terceiro. Essa foi a terceira taxa positiva seguida, após a variação de -0,1% nos últimos três meses do ano passado.

Com isso, o PIB, a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, está novamente no maior patamar da série histórica e opera 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019.

Em valores correntes, foram gerados R$ 2,741 trilhões no terceiro trimestre.

De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dois dos três grandes setores econômicos avançaram no trimestre: Indústria (0,6%) e Serviços (0,6%).

Entre as atividades industriais, o único crescimento foi registrado pelo setor de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%), influenciado pelo crescimento no consumo de energia. 

A agropecuária caiu 3,3% no trimestre. De acordo com os dados revisados na publicação, essa foi a primeira queda da atividade após cinco trimestres com taxas positivas.

“Com essa revisão, o resultado anual de 2022 variou +0,1%, explicado principalmente pela mudança de pesos do Sistema de Contas Nacionais. Já as revisões do primeiro e segundo trimestres de 2023 foram mais relacionadas à agropecuária, porque agora incorporamos as estimativas de novembro do LSPA”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rebeca Palis.