Os papéis de Eletrobras (ELET3)(ELET6) recuaram 2,13% e 3,10%, a R$ 33,88 e R$ 32,80, respectivamente, após o mercado repercutir reportagem do Valor Econômico sobre a possibilidade de ocorrência de uma grande subavaliação na definição do valor da outorga a ser paga pela companhia elétrica ao governo.
Segundo a publicação, o gabinete do ministro Vital do Rêgo, que pediu vista sobre os valores envolvidos no processo, teria identificado erros e os exporia quando o processo voltasse a ser debatido pelo TCU (Tribunal de Contas da União), o que pode acontecer na sessão da próxima quarta-feira (9) ou ficar para março.
A Ativa Investimentos, por ora, optou manter sua recomendação de compra para a Eletrobras inalterada, à espera da apreciação da matéria no TCU.
Ilan Arbetman, analista de Research da Ativa Investimentos, destaca que, ainda assim, o surgimento de novas assimetrias no processo prejudica a companhia.
"Embora acreditamos que a maioria do tribunal tenha dado a entender ser favorável ao andamento do processo com a permissão dos processos continuarem tramitando ainda que sua deliberação via consenso não fosse alcançada na última reunião em dezembro, consideramos o prazo para o término do processo enxuto", afirma.
Arbetman acredita que um entrave quanto à obtenção de um ácordão no TCU envolvendo a revisão dos valores de outorga a serem pagos por
Eletrobras tornariam ainda mais difíceis os próximos passos do processo.
Algumas das etapas são a entrega de documentos de suporte por parte do BNDES, a convocação de assembleia geral extraordinária por parte de Eletrobras bem como a deliberação por parte do TCU quanto à segregação de Itaipú e Eletronuclear sejam executadas em tempo hábil.
Isso, segundo o analista, fundamentalmente motivaria a revisão do cenário-base da Ativa Investimentos para o papel.