Preços do ouro sobem com pressão menor em outros mercados

Por Geoffrey Smith

Investing.com – Os preços do ouro subiram fortemente, em linha com os ativos de risco, e não os portos-seguro, na quarta-feira (22), à medida que a pressão por dinheiro para cobrir posições perdidas no petróleo diminuía.

Segunda e terça-feira testemunharam algumas vendas forçadas, uma vez que a volatilidade do petróleo atingiu gravemente as carteiras de curto prazo de alguns investidores. A Interactive Brokers disse que espera registrar perda de US$ 88 milhões depois que muitos de seus clientes não foram capazes de cobrir suas chamadas de margem em um dia em que o futuro do petróleo dos EUA se tornou negativo.

Às 17h (horário de Brasília), os futuros do ouro para entrega na Comex estavam em alta de 2,9%, a US$ 1.736,95 por onça troy, tendo obtido ganhos constantes ao longo do dia. O ouro à vista subia 1,8%, para US$ 1.709,53 por onça.

Os contratos futuros da prata também ganhavam 2,8%, para US$ 15,29 a onça, enquanto os futuros da platina tinham desempenho inferior, ganhando 1,8%, para US $ 772,30 por onça.

O ouro ainda se beneficia do Bank of America, que fixou uma meta de preço de US$ 3.000 no início da semana, embora os analistas do banco digam que isso pode demorar mais de um ano.

No curto prazo, a narrativa da repressão financeira ganhou impulso com notícias de que o Banco Central Europeu discutirá a flexibilização de suas regras de garantia na reunião de elaboração de políticas desta semana, facilitando a retirada de dinheiro através de suas operações de refinanciamento. A visão de bancos centrais globais injetando quantidades cada vez maiores de moeda fiduciária nos mercados, contra garantias cada vez mais fracas, tem sido um argumento central para os touros de ouro na última década.

O Senado dos EUA aprovou um pacote de apoio econômico de US$ 484 bilhões na terça-feira. Agora, a proposta vai à Câmara para votação no final desta semana.

As últimas notícias vêm um dia antes de outra reunião da União Européia, cujo objetivo é chegar a um acordo sobre uma política comum para colocar a economia de volta aos trilhos. Espanha, França e outros países pediram maiores empréstimos conjuntos, mas enfrentam uma luta árdua para convencer a Alemanha, Holanda, Áustria, Finlândia e outros.