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Preços do petróleo caem com dados fracos de empregos e perspectivas de cias aéreas

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Por Geoffrey Smith, da Investing.com – Os preços do petróleo reverteram os ganhos da noite no início das negociações em Nova York na quinta-feira (23), com novos sinais de que a recuperação econômica está estagnando sob pressão da propagação do coronavírus.

Os números do Departamento do Trabalho mostraram que os pedidos iniciais de seguro-desemprego aumentaram pela primeira vez desde abril, para 1,416 milhão, sugerindo que o ritmo de demissões está aumentando novamente depois de desacelerar gradualmente nos três meses anteriores.

Os dados seguiram outros números que mostram um aumento sustentado de mortes nos EUA pelo vírus da Covid-19. O número de mortos atingiu 1.100 novamente na quarta-feira.

Às 12h11 (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo dos EUA caíam 0,7%, para US$ 41,62 por barril, enquanto o índice internacional Brent caía 1%, para US$ 43,86 por barril.

Os contratos futuros de gasolina RBOB caíam 0,7%, a US$ 1,2736 por galão.

A demanda é cada vez mais a variável-chave em um mercado em que as perspectivas de oferta se tornam mais previsíveis, com o grupo de produtores da Opep+ ainda mantendo seu pacto de restrição de produção.

“Ainda não chegamos lá em termos de fundamentos para a próxima etapa”, disseram analistas do Barclays (LON:BARC) em nota aos clientes.

O sentimento sobre a força da demanda foi afetado nesta semana por dois conjuntos de números que mostram um aumento inesperado nos estoques de petróleo dos EUA, com o American Petroleum Institute relatando um crescimento de 7,5 milhões de barris e o governo dos EUA sugerindo 4,9 milhões de barris.

Os dados da Administração de Informação de Energia divulgados no início desta semana mostraram que a produção de gasolina das refinarias dos EUA está mais de 15% abaixo dos níveis anteriores à Covid 19: o rendimento caiu para 14,20 milhões de barris por dia na semana passada, após mais de dois meses de aumento constante.

Ainda, duas das maiores companhias aéreas dos EUA, a Southwest e a American, disseram na quinta-feira que reduzirão seus cronogramas de voo no outono do hemisfério norte, devido à contínua fraqueza na demanda por viagens aéreas.

Além disso na quinta-feira, jornalistas informaram que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que a Rússia tentará estabelecer um mecanismo de proteção para a produção de petróleo do país, a fim de garantir mais estabilidade nas receitas orçamentárias. O México opera uma prática semelhante há anos, uma das razões pelas quais não teve flexibilidade para acompanhar os cortes de produção coordenados pela Rússia e pela Opep no início deste ano.

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