Por Sakura Murakami, da Reuters – O novo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, defendeu suas políticas favoráveis à energia nuclear nesta segunda-feira, dizendo que religar usinas de energia nuclear inativas desde o desastre de Fukushima em 2011 é vital.
A energia se tornou um tema central durante a recente disputa pela liderança do Partido Liberal Democrata (PLD), na qual Kishida derrotou Taro Kono, ex-ministro encarregado da vacinação contra Covid-19 que se pronunciou contra a energia nuclear.
"É crucial que religuemos as usinas de energia nuclear", disse Kishida as ser questionado pela oposição no Parlamento pela primeira vez desde que assumiu o cargo na semana passada.
Kishida respondia perguntas de Yukio Edano, líder do Partido Constitucional Democrata do Japão (CDPJ), a principal sigla opositora, sobre a diretriz do governo para a energia sustentável e se a energia nuclear seria parte do plano.
A energia nuclear é um tema polêmico no Japão, especialmente desde que um terremoto no litoral desencadeou um tsunami que se abateu sobre a usina nuclear de Fukushima, região ao norte de Tóquio, e causou um dos piores acidentes nucleares do mundo há dez anos.
Todas as usinas nucleares japonesas foram desligadas depois do desastre, que ressaltou falhas na regulamentação e na supervisão. Embora alguns reatores estejam voltando à rede, a maioria continua desativada.
Kishida comandará o PLD na eleição geral de 31 de outubro, na qual as prioridades de muitos eleitores provavelmente serão acabar com a pandemia de coronavírus e reanimar uma economia enfraquecida.