O Índice Bovespa fechou em alta, de 0,46%, aos 98.773 pontos, em meio ao entusiasmo com a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência. Nos mercados futuros, porém, o índice já atingiu os 100 mil pontos nos vencimentos a partir de outubro, atingindo 101.656 pontos para dezembro. O relator do projeto na Comissão Especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), entregou hoje o relatório sobre a reforma com uma previsão de economia de R$ 1,1 trilhão em 10 anos, perto da desejada pelo governo, de R$ 1,2 trilhão, sendo uma parte com o uso de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O volume negociado no mercado de ações atingiu R$ 18,7 bilhões, bem acima dos R$ 16 bilhões da média do ano, indicando um mercado fortemente comprador.
Segundo o BB Investimentos, o documento do relator agradou os investidores, que entenderam como favorável à articulação política do governo. Assim, o texto foi considerado positivo pelo mercado. O entusiasmo contagiou também o mercado de juros futuros, com alguns vencimentos de curto prazo finalizando abaixo de 6,00% a.a.
Juros futuros recuam
O contrato futuro para janeiro de 2020 terminou projetando 6,09% para o acumulado deste ano, diante de uma taxa Selic atual de 6,5%. Ou seja, o juro terá de cair abaixo de 6% daqui até o fim do ano para chegar aos 6,09% projetados. O BB lembra que, na próxima semana, dia 19, haverá decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), e a reforma da Previdência é vista como gatilho para o BC reduzir os juros. Segundo o banco, a curva de juros caiu firme em seus vários vencimentos, com o mercado já antevendo e precificando probabilidade maior de um corte de juros para setembro próximo.
Em relação à sessão anterior, as projeções dos contratos futuros recuaram. Além do DI janeiro/2020, que fechou em 6,09%, ante 6,17% ontem, o DI janeiro/2021 terminou o dia em 6,07%, ante 6,19% no dia anterior. O DI janeiro/2023 fechou em 7,01%, ante 7,11% ontem, e o DI janeiro/2025, em 7,54%, ante 7,65% do dia anterior.
No exterior, as preocupações com as tensões no Oriente Médio, com navios petroleiros incendiados, aumentaram com as trocas de acusações entre Estados Unidos e Irã. O petróleo subiu 2,2% em Nova York, para 52,28 o barril. Mesmo assim, houve um leve repique nas bolsas de Nova York e na Europa, ajudado pela alta do petróleo e no aguardo de novas notícias sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
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Dólar cai
No mercado de dólar, a moeda americana encerrou em baixa, também repercutindo o bom humor com a Previdência. O dólar comercial fechou cotado a R$ 3,8540 (-0,31%), acumulando -0,59% na semana, -1,81% no mês, -0,54% no ano e 3,74% em 12 meses.
Índice sobe 0,97% na semana
Com a alta de hoje, Índice Bovespa Ibovespa acumula +0,97% na semana, +1,80% no mês, +12,39% no ano e +36,95% em 12 meses. Os estrangeiros ajudaram na alta do mercado. No dia 11 de junho, houve ingresso líquido de capital estrangeiro de R$ 294,677 milhões da Bovespa. Isso reduziu a saída líquida no mês para R$ 1,376 bilhão. No ano, os resgates líquidos ainda somam R$ 5,031 bilhões.
As maiores altas do dia no Índice Bovespa foram de BRF ON, 5,81%, Suzano ON, 5,52%, Ultrapar ON, 4,74% e Marfrig ON, 4,45%.
Já as maiores quedas foram de JBS ON, 2,62%, Eletrobras PNB, 2,14%, Eletrobras ON, 2,08% e Itaú Unibanco PN, 1,79%.
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