Após a privatização da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SBSP3), hospitais, shoppings e museus do estado de São Paulo enfrentam aumento de até 200% na conta de água a partir de 2025.
A nova gestão da companhia decidiu rescindir 555 contratos subsidiados com grandes empresas e alterar a política tarifária da empresa.
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Impacto das mudanças na Sabesp
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Carlos Piani, presidente da Sabesp, explicou que o rompimento dos contratos reflete a essa nova lógica administrativa adotada pela empresa após a privatização, concluída em julho de 2024.
“A Sabesp não é mais controlada pelo Estado. Quem tem que fazer essa política pública é o Estado”, afirmou Piani.
Ainda mais, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a decisão e declarou que a nova gestão tem autonomia para implementar cortes.
“A Sabesp agora é uma empresa privada, e a gente tem que ver aquilo que pode ser reconhecido em termos de tarifa pela regulação, isso de certa forma já está positivado no contrato”, afirmou o governador.
Acima de tudo, ele anunciou a abertura de negociações com clientes e municípios para reavaliar contratos, o que pode resultar em mais ajustes tarifários.
Privatização e mudanças no modelo de negócios
A cerimônia na B3 oficializou a privatização da Sabesp. O governo paulista arrecadou R$ 14,8 bilhões com a venda de 32% das ações da companhia, reduzindo sua participação acionária de 50,3% para 18%.
A Equatorial Participações adquiriu 15% das ações por R$ 6,9 bilhões, e além disso, investidores privados compraram outros 17%.
Assim, o governador destacou que o novo modelo, exclusivo para São Paulo, quer universalizar o saneamento até 2029, reduzir tarifas e despoluir rios.
Como resultado, a privatização, a Sabesp promete descontos para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com reduções de até 10% para tarifas sociais e de 1% para consumidores residenciais.