Os funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) promovem uma paralisação coletiva na próxima terça-feira (3), em forma de protesto contra as privatizações promovidas por Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador do estado de São Paulo.
Conforme apurado pela Folha de São Paulo, a paralisação está prevista para as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô, enquanto o sindicato de trabalhadoras de CPTM advoga por uma paralisação de todas as linhas públicas.
Privatizadas, as linhas 4-amarela e 5-lilás de metrô, assim como as linhas 8-diamante e 9-esmeralda, devem continuar operando durante a greve.
Funcionários das três categorias promovem, desde 5 de setembro e até 4 de novembro, um plebiscito independente, para que os moradores de São Paulo se manifestem a favor ou contra a privatização dos serviços de transporte e de saneamento. Ele é feito por meio de urnas em estações, escolas, igrejas e sedes de movimentos sociais.
Os sindicatos argumentam que a eleição de Tarcísio no ano passado não corresponde a uma aprovação automática de privatizações por parte da população, e que esta deveria se pronunciar sobre os projetos. Eles dizem, ainda, que o governo estadual não responde às tentativas de diálogo dos funcionários.
Ainda conforme a Folha de São Paulo, o governo do estado atualmente estuda privatizar as linhas remanescentes da CPTM e do Metrô, além de estar preparando um projeto de lei que autorize o repasse da Sabesp à iniciativa privada.
Nesta quinta-feira (28), lideranças dos sindicatos afirmaram, durante entrevista coletiva, que a única hipótese de cancelamento da paralisação seria uma revogação dos planos de privatização.
As três categorias farão uma assembleia conjunta na noite das vésperas da paralisação, na segunda-feira (2), mas já foi dito que não há chances da greve não ser aprovada, uma vez que há apoio suficiente dos funcionários.