A produção brasileira de aço bruto somou 8,7 milhões de toneladas no primeiro trimestre deste ano, com aumento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2020. Cresceu também a produção de laminados, que ficou em 6,3 milhões de toneladas, com alta de 8,3% comparativamente ao acumulado janeiro/março do ano passado. Em contrapartida, a produção de semiacabados para vendas, com total de 1,9 milhão de toneladas, registrou queda de 8,8% na mesma base de comparação. Os dados foram divulgados hoje (20) pelo Instituto Aço Brasil (IABr).
De janeiro a março deste ano, as vendas internas somaram 5,9 milhões de toneladas, o que representa expansão de 29% em relação ao apurado em igual período do ano anterior. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos atingiu 6,8 milhões de toneladas até março, o que significa elevação de 32,8% frente ao registrado no mesmo período de 2020.
As importações alcançaram 1,1 milhão de toneladas no acumulado até março, com total de US$ 944 milhões em valor. Os aumentos foram de 104,1% em quantidade e 67,6% em valor frente a igual período de 2020. Já as exportações brasileiras de aço atingiram 2,7 milhões de toneladas, ou US$ 1,7 bilhão, de janeiro a março de 2021. Os valores representam retração de 17,1% e aumento de 6,7%, respectivamente, frente ao mesmo período do ano passado.
Em março, a produção brasileira de aço bruto somou 2,8 milhões de toneladas, com aumento de 4,1% contra o apurado no mesmo mês de 2020. A produção de laminados (2,1 milhões de toneladas) foi 10,1% superior à de março do ano passado, conforme dados fornecidos pelo Instituto Aço Brasil. A produção de semiacabados para vendas alcançou 699 mil toneladas, com queda de 6,7% na comparação com o mesmo mês de 2020.
As vendas internas cresceram 41,9% em comparação às de março de 2020, com total de 2,1 milhões de toneladas. Foi o “melhor resultado desde outubro de 2013”, salientou o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,4 milhões de toneladas, 50,1% superior ao apurado no mesmo mês de 2020. Este foi também o maior consumo aparente desde outubro de 2013, destacou.
“A indústria brasileira do aço vem de forma recorrente aumentando suas vendas ao mercado interno, com volumes superiores àqueles verificados no período pré-pandemia”, afirmou Lopes. Segundo o executivo, a demanda do mercado reflete a retomada dos setores consumidores, mas também a formação de estoques defensivos de alguns segmentos em relação à volatilidade do mercado, ocasionado pelo boom (explosão) no preço das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado exterior). “No caso da indústria do aço, a quase totalidade de insumos e matérias-primas e, em especial, as essenciais como minério de ferro e sucata, tiveram significativa elevação de preços, com forte impacto nos custos de produção”, observou Lopes.
As exportações de março atingiram 1,4 milhão toneladas, ou US$ 911 milhões, o que resultou em aumentos de 0,3% e 25,9%, respectivamente, na comparação com março do ano passado. As importações de março de 2021 foram de 401 mil toneladas e US$ 363 milhões, revelando alta de 183% em quantum (quantidade) e 109,7% em valor na comparação com março de 2020.
Índice de Confiança
Marco Polo de Mello Lopes divulgou também o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) referente ao mês de abril. “Este cresceu 1,9 ponto frente ao mês anterior, atingindo 67,4 pontos. O ICIA se encontra 17,4 pontos acima da linha divisória de 50 pontos”, afirmou o presidente executivo do Instituto Aço Brasil.