Presentes em diversos países do mundo, incluindo nosso vizinho Uruguai, os cassinos podem voltar a serem permitidos no Brasil, como uma forma de estimular a economia de regiões turísticas, gerando emprego e desenvolvimento.
Na primeira metade do século XX, o país chegou a ter 71 cassinos espalhados em diversos estados, empregando dezenas de milhares de pessoas, direta ou indiretamente.
Segundo um levantamento da Paraná Pesquisas, realizado em março deste ano, 58% dos brasileiros eram favoráveis à criação de uma legislação que permita a operação de cassinos, bingos e congêneres. E isso pode se tornar uma realidade em breve, já que, em 2020, o senador Irajá (PSD-TO) apresentou um projeto de lei, o PL 4.495/2020, que permite a implantação de resorts com cassinos, os chamados resorts integrados.
Exemplos internacionais
Macau e Singapura, duas cidades da Ásia, são duas grandes referências de cassinos em nível mundial.
Macau é, agora, o maior centro do jogo do mundo, constituindo o modelo que permitiu à China legalizar a atividade em parte de seu território (a ex-colônia portuguesa é uma região administrativa especial). Já Singapura associou os cassinos à Fórmula 1 para virar a “Mônaco do Oriente”.
Por sua vez, o exemplo dos EUA dispensa apresentações. Mesmo destronada por Macau, Las Vegas ainda mantém a imagem de capital mundial do jogo. A indústria leva 90 anos de funcionamento, tendo sido uma opção de desenvolvimento do estado do Nevada em uma região desértica – que deu certo.
Outros exemplos surgiram, incluindo a opção de permitir às reservas indígenas operarem salas de cassino. Com isso, o jogo gera 1,7 milhão de empregos naquele país.
Parece surpreendente pensar que a maioria dos 50 estados americanos proíbe o jogo, mas é verdade – a indústria está concentrada em poucos pontos.
Já em Portugal, existe a possibilidade de acessar sites de cassino, como o casino.netbet.com (desde que consigam licença da autoridade do governo português para essa matéria), além dos cassinos físicos, que funcionam especialmente em zonas turísticas.
As regiões do Norte, de Lisboa e Algarve são as que abrigam a maioria dos 12 cassinos físicos legais lusitanos.
Liechtenstein, um pequeno principado nos Alpes, relíquia da estranha história medieval europeia, permitiu o funcionamento de cassinos físicos em 2017. As novas empresas viraram um sucesso bem rápido, por conta da atração de visitantes vindos das vizinhas Suíça e Áustria.
Tal como no Brasil e em muitos outros países, os cidadãos de opinião mais conservadora não gostaram da novidade (Liechtenstein tem forte tradição católica), mas os resultados em geração de emprego e cobrança de imposto são inegáveis.
E quanto a nossos vizinhos? Na América do Sul, o cenário é bem conhecido.
Santiago, do Chile, e Punta del Este (Uruguai) são conhecidos por seus estabelecimentos, mas o que chama a atenção é a quantidade de cassinos funcionando bem junto à fronteira brasileira, em vários países. O objetivo é bem claro: aproveitar a proximidade de um país vizinho onde o jogo é proibido e pegar visitantes.
É assim que as cidades de Puerto Iguazú (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai), vizinhas de Foz do Iguaçú na Tríplice Fronteira, aproveitam para “chamar” brasileiros.
Casos semelhantes acontecem em Ponta Porã/MS e em Santana do Livramento/RS; em ambos os casos, só é literalmente necessário cruzar a rua para mudar de país e chegar na porta do cassino.
Será que a futura liberação dos cassinos vai criar concorrentes para esses estabelecimentos?