Às 11h43 (horário de Brasília), os ativos QUAL3 caíam 6,08%, a R$ 5,56, na sessão desta terça-feira (17).
As ações da Qualicorp (QUAL3) são destaque de queda do Ibovespa após o Goldman Sachs cortar a recomendação dos ativos de neutro para venda. O preço-alvo foi revisado, com um corte em 50%, passando de R$ 12 para R$ 6, uma alta de apenas 1,3% em relação ao fechamento da última segunda-feira (16).
Apesar do cenário sólido do negócio, ou seja, altas margens, retornos e conversão de fluxo de caixa livre, os analistas do Goldman acreditam que o ímpeto de lucros de curto prazo da empresa é fraco, com persistência de fracas adições líquidas orgânicas
Segundo os analistas, isso se deve principalmente a i) um cenário macro mais desafiador e uma inflação persistente impactando as adições brutas;
ii) provavelmente uma competição ainda alta com os planos de pequenas e médias empresas;
iii) pressão sobre o capital de giro decorrente de condições comerciais desafiadoras à medida que os custos médicos continuam em alta;
iv) o modesto crescimento do tíquete médio.
O momentum de lucros de curto prazo deve enfrentar ventos contrários, com os resultados dos primeiros nove meses de 2022 foram fracos e essa tendência deve persistir até a segunda metade de 2023.
“Quando iniciamos a cobertura do QUAL3 em junho de 2022, com uma recomendação neutra, observamos que nossas expectativas de que o ímpeto dos ganhos de curto prazo poderia ser comprimido.”, avaliam os analistas.
À medida que chegam os resultados do 4T22 e 2023, o Goldman acredita que a maior parte das pressões de origem presentes nos primeiros nove meses de 2022 continuarão afetando os resultados da empresa, gerando ganhos fracos.
Para o Goldman, mais um ano de reajuste de preço de dois dígitos pode impulsionar o churn (taxa de cancelamento) e adições líquidas orgânicas insignificantes. Segundo os analistas do banco, a rentabilidade dos operadores deve continuar pressionada.