Faltam menos de duas semanas para a Black Friday, temporada de promoções que antecede o Natal e que já é considerada uma das datas mais importantes para o varejo brasileiro. Uma pesquisa encomendada pelo Facebook apontou um crescimento de 29% na intenção de compra dos consumidores se comparado ao mesmo período do ano passado. Além disso, a previsão é que a maioria das pessoas optem pelo parcelamento por meio do cartão de crédito.
Mas, vale dizer que de acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e o Sebrae, 84% dos consumidores que utilizaram o cartão de crédito nos últimos 12 meses não estão cientes das taxas de juros.
Para Bruna Allemann, educadora financeira da Acordo Certo, empresa que atua como conexão entre o consumidor endividado e empresas parceiras, o parcelamento das compras parece uma boa saída, todavia, pode levar à inadimplência.
"A Black Friday pode ser um bom momento para aquisição de produtos com preços menores, mas é preciso atenção em dois pontos: não sair comprando desnecessariamente e com o uso do cartão de crédito. Parcelar, a princípio, pode parecer uma saída para que as compras caibam no bolso, mas, as taxas de juros são muito elevadas, caso você não consiga arcar com a sua fatura, e podem gerar uma dívida inestimável", alerta a especialista.
Pensando em ajudar quem deseja fazer compras, Bruna separou algumas dicas. Confira!
Quando comprar à vista?
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A preferência é que todos os produtos sejam comprados à vista. Avalie se o preço do produto corresponde ao dinheiro que você tem e que não precisa tirar da reserva de emergência ou dos seus investimentos. "Só compre à vista caso tenha um dinheiro que, literalmente, esteja sobrando e que você juntou para pagar aquilo", orienta Allemann.
Quando comprar parcelado?
O parcelado só vale à pena quando o produto ou serviço tem um alto valor agregado e há uma necessidade de aquisição naquele momento. Ou seja, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, itens para trabalho de alto valor e que agora são uma boa oportunidade porque o preço realmente diminuiu. "Nesse caso vale diluir em parcelas. Contudo, não deixe de somar o valor total da sua atual fatura de cartão, já que de prestação em prestação, vira uma bola de neve", acrescenta a educadora financeira.
Cuidado com o impulso
Bruna reforça ainda que, apesar de ser uma época bastante conhecida pelos descontos, a Black Friday nem sempre tem as melhores oportunidades de compra e muitas vezes o melhor é esperar. "É fundamental que a gente faça algumas perguntas como, ‘eu preciso? tenho dinheiro? está barato?’ para identificar uma real necessidade de compra. Lembre-se de que há outras datas, como Dia das Mães, Dia dos Pais e as promoções de janeiro e julho, que são boas oportunidades para conseguir desconto. Fique atento", finaliza.
