Na quarta-feira (18), as units do Inter (BIDI11) caíram 8,62%, ao preço de R$ 14,32 cada no fim do pregão, e despontaram como a maior queda do Ibovespa no dia.
A ação foi penalizada pela desvalorização do Nasdaq 100, que caiu 4,73% na sessão, e as empresas de tecnologia, em geral – que compõem o índice, seguiram em forte ritmo de queda após declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve.
Powell sinalizou que vai aumentar os juros o quanto for possível para domar a inflação dos EUA, que atingiu o seu maior patamar em 40 anos.
Mas a queda repentina deve fazer com que investidores desacreditem do Inter (BIDI11)?
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O BB Investimentos cortou o preço-alvo do Inter (BIDI11) de R$ 51,00 para R$ 21,00, e rebaixou a recomendação de compra para neutra, após o balanço do primeiro trimestre da fintech.
A empresa registrou lucro líquido de R$ 27,5 milhões, alta de 31,8% em um ano.
Na avaliação do BB, “o Inter continua sendo o Inter, crescendo às custas de rentabilidade, com as despesas pressionadas pela absorção de custos comerciais relacionados à estratégia de ganho de mercado como cashback” e “o descasamento do custo de captação, que cresce mais rápido do que a taxa de aplicação, se tornam incômodos, revelando fragilidades, e quase ofuscando os principais destaques dos resultados do banco, todos ligados à expansão de volumes, prateleira ou base de clientes”.
Já o UBS manteve a recomendação de compra para as units BIDI11, com preço-alvo de R$ 42,00.
Analistas do banco atribuíram, em relatório, o lucro líquido ao reconhecimento de alguns efeitos não recorrentes de cerca de R$ 38 milhões.
O UBS destaca “a evolução positiva da taxa de captação líquida do mercado e a significativa desaceleração da carteira de empréstimos”.