
O BTG Pactual destacou em relatório que, o varejo ainda está alavancado, mas que existem ventos favoráveis à frente.
No curto prazo, os custos de financiamento mais altos devem continuar pressionando os lucros das empresas do setor.
O banco explica que no primeiro ano da pandemia, juros mais baixos e subsídios governamentais impulsionaram a demanda e desencadearam diversas captações e investimentos setoriais.
Mas esse movimento foi seguido por um grande ponto de inflexão nos fundamentos macro, atingindo resultados recentemente, com a inflação corroendo o poder de compra, também atingido pelo alto endividamento das famílias, enquanto algumas empresas lutam com alavancagem financeira.
Além disso, a alta da taxa Selic no Brasil pressionou os spreads bancários e os lucros corporativos nos últimos
trimestres – uma tendência que, segundo o BTG, deve persistir nos próximos trimestres.
Em 2022, o lucro combinado (amostra de 23 empresas) caiu 26% no ano (-R$ 2,5 bilhões), enquanto caiu R$ 1 bilhão no primeiro trimestre de 2023.
Do lado positivo, o BTG acredita em uma possível queda nas taxas no segundo semestre de 2023, ajudando a demanda (dado o endividamento das famílias) e os resultados financeiros das empresas.