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Sabesp (SBSP3): cronograma de privatização pode inspirar confiança?

Analistas do BTG Pactual citam operação como fator-chave para uma reclassificação completa de seus níveis de eficiência em relação aos rivais privados

Reservatório Cantareira - Sabesp
Reservatório Cantareira - Sabesp

A B3 (B3SA3), a Bolsa brasileira, encaminhou ofício a Sabesp (SBSP3) em busca de esclarecimentos sobre uma notícia do jornal Valor.

Na matéria em questão, citava-se o cronograma para o plano de privatização da companhia e a previsão de conclusão da operação com prazo máximo em julho de 2024.

A empresa esclareceu que tomou providências para obter os esclarecimentos pertinentes por parte do seu acionista controlador.

Em resposta, o Governo do Estado de São Paulo afirmou que, no o presente momento, conforme informa a Secretaria de Parcerias e Investimentos, o contrato de serviços de consultoria para estudos sobre a desestatização da SABESP foi assinado em 10 de abril e sua execução ocorre em fases.

Na primeira fase, já iniciada e com duração prevista de aproximadamente dois meses a três meses, serão analisados os benefícios potenciais da desestatização e os modelos de participação privada na estrutura da capital da companhia.

A partir dos estudos iniciais produzidos, caso o Estado avalie pelo prosseguimento da operação em decisão futura e colegiada pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização – CDPED, iniciam-se as fases seguintes com duração prevista de aproximadamente doze meses e cujo escopo são as diversas due diligences, a avaliação do valor da operação (valuation), negociação com os principais stakeholders, elaboração dos documentos e por fim, a realização de roadshow do projeto e a conclusão da operação.

Fatos apresentados na notícia em tela constam do mencionado contrato, declarou o governo.

Recomendações

Em relatório publicado no mês de maio, o BTG Pactual destacou os papéis de Sabesp (SBSP3) como a principal escolha do banco dentre as concessionárias estatais. No entanto, dizem que as ações em seu nível atual não precificam nenhuma vantagem de um provável cenário de privatização.

Naturalmente, para uma reclassificação completa para os níveis de eficiência de seus concorrentes privados, a privatização seria um fator-chave, alegaram os analistas.

Enquanto isso, ainda veem a empresa pronta para entregar melhores resultados operacionais e reduzir suas atuais ineficiências aos seus requisitos regulatórios.

O BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 62,00 em doze meses.