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Veja ações que pagarão bons dividendos em junho, segundo Ágora

Analistas escolheram cinco papéis para trazer retornos atraentes a investidores

Itaúsa
Itaúsa: holding brasileira de destaque no mercado financeiro, com investimentos diversificados e compromisso com sustentabilidade | Divulgação

Em sua carteira recomendada para ganhos com ações em dividendos no mês de junho, a Ágora Investimentos escolheu não realizar mudanças na composição de seu portfólio.

Analistas reiteraram os papéis de Auren (AURE3), CCR (CCRO3), Itaúsa (ITSA4), Taesa (TAEE11) e Telefônica Brasil – Vivo (VIVT3), com peso de 20% cada.

Auren (AURE3)

As principais razões para a opção de compra são:

  • – (i) o alto potencial de distribuição de dividendos após o acordo de Três Irmãos; e
  • – (ii) menor exposição à queda dos preços da eletricidade, já que no, segundo trimestre do ano passado, a Auren contratou com sucesso a maior parte de seu portfólio de energia até 2025 antes dos preços caírem. 

Atualmente, veem as ações da Auren negociadas com uma TIR (taxa interna de retorno) real implícita atraente, o que implica espaço para compressão, principalmente porque a empresa provavelmente pode ou deve manter uma política de dividendos atraente no longo prazo.

A casa reiterou sua recomendação de compra para AURE3, com um preço-alvo de R$ 18,00, e rendimento via dividendos esperados próximo a 10%.

CCR (CCRO3)

A empresa estaria bem posicionada para expandir o seu portfólio, e deve focar suas atenções em bons projetos dentro do seu core business, com a manutenção de sua disciplina financeira, de acordo com a Ágora Investimentos.

Do ponto de vista de negócio, entendem que o modelo de concessão, com contratos de longo prazo e reajustes por inflação, seja uma alternativa para diversificação em um ambiente macro desafiador.

Ponderam que o nível de juros elevados desponta como um risco à tese, mas entendem que o fator já está precificado no atual valuation das ações. 

Itaúsa (ITSA4)

A recomendação de compra para as ações se justifica por um elevado desconto no múltiplo P/L projetado para o ano em relação à média histórica.

Além disso, a somatória do valor das participações detidas nas empresas investidas pela Itaúsa está, atualmente, com um desconto em torno de 19,0% para o valor de mercado atual da empresa e analistas de Ágora Investimentos entendem que esse patamar não reflete o nível adequado do indicador.

Eles acreditam que daqui em diante a empresa siga três estratégias principais:

  • – (i) vender participação na XP para suportar a amortização da dívida;
  • – (ii) aumentar a posição de caixa para potenciais aquisições; e
  • – (iii) eventuais oportunidades de eficiência fiscal. 

No médio prazo, o dividendo das empresas investidas no segmento não financeiro vai crescer, o que pode aumentar o percentual de lucro distribuído da Itaúsa, já que a holding não deve reter dividendos e caixa.

No entanto, no curto prazo, como a Itaúsa e suas investidas estão alavancadas, os dividendos devem continuar de acordo com a exigência estatutária (25% do lucro líquido).

Ainda assim, a empresa acredita que vai ser capaz de trazer seu índice de pagamento de volta aos níveis históricos de 35 a 40% do lucro líquido nos próximos anos, uma vez que os pagamentos de dividendos atingiram níveis mínimos, em reflexo ao processo de desalavancagem das empresas investidas.

Taesa (TAEE11)

Na visão de Ágora Investimentos, embora o valuation seja justo, a resiliência das ações de Taesa (TAEE11) agrada, especialmente se considerada a alta previsibilidade de caixa e um atraente dividend yield (DY) esperado para 2023.

Além disso, o atual elevado custo de capital pode ajudar a expurgar a concorrência acirrada que gerou baixos retornos em leilões anteriores, e possibilitar que a empresa tenha oportunidade de arrematar projetos atraentes nos próximos meses.

Vivo (VIVT3)

A Telefônica Brasil (VIVT3) desponta como uma empresa que distribui bons proventos, e embora analistas não vejam muito espaço para uma reavaliação de múltiplos.

Eles veem as ações com o oferecimento de um bom dividend yield de 7% – o que implica um bom carregamento para os investidores neste momento de juros mais elevados.