O Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), atingiu um novo recorde na última sexta-feira (6). Pela primeira vez, o sistema ultrapassou 227 milhões de transações em apenas 24 horas.
O recorde diário anterior era de 224,2 milhões de transações, registrado em 5 de julho.
“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, informou o BC, em comunicado.
Volume movimentado
Em termos de valores, foram movimentados R$ 118,418 bilhões na última sexta-feira, o segundo maior valor diário da história, ficando atrás apenas dos R$ 119,429 bilhões movimentados em 5 de julho.
Desde seu lançamento em novembro de 2020, o Pix acumulou, até o final de agosto, 168,15 milhões de usuários, de acordo com as estatísticas mensais mais recentes. Desses, 153,11 milhões eram pessoas físicas e 15,04 milhões, pessoas jurídicas. Em julho, o sistema ultrapassou a marca de R$ 2,415 trilhões movimentados, conforme dados consolidados mais recentes.
O futuro do Pix
Um estudo da empresa brasileira de pagamentos Ebanx, divulgado nesta segunda-feira (9), baseado em dados da empresa de pesquisa e inteligência PCMI, mostrou que o Pix deve responder por 44% do mercado de pagamentos online do Brasil até o final de 2025, enquanto os cartões de crédito teriam uma fatia de 41%.
De acordo com o Banco Central, até o final de 2022, cerca de 71,5 milhões de brasileiros foram incluídos no sistema financeiro por meio do Pix. O BC deve lançar novos recursos nos próximos anos, incluindo a opção de pagar em parcelas, o que pode torná-lo uma ameaça maior aos cartões de crédito, aumentando sua popularidade entre os brasileiros.
Para a diretora de desenvolvimento de mercados para América Latina da Ebanx, Juliana Etcheverry, o Pix, mesmo com essas novas medidas, não deve acabar com os cartões, já que ambos continuariam representando em conjunto 85% do mercado de pagamentos online.
“A indústria de cartões também está investindo em protocolos, em recursos que também os fariam continuar crescendo no mercado.” – afirma a diretora.