A Rede D’Or (RDOR3) registrou lucro líquido de R$ 477,7 milhões no segundo trimestre deste ano. O montante reverte um prejuízo de R$ 306,6 milhões apresentado pela companhia um ano antes. Em comparação ao primeiro trimestre, observa-se um crescimento de 18,7%.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou ainda mais: o resultado foi de R$ 1.244,7 bilhão ante as perdas de R$ 138,3 milhões no segundo trimestre de 2020. Contudo, a empresa comenta que o Ebtida sofreu um efeito não recorrente por conta da pandemia, com a necessidade de reforçar o time de profissionais para atender os casos em 2020.
Sem o efeito não recorrente que iniciou em 2020, o Ebitda ajustado foi de R$ 1.565,9 bilhão no segundo trimestre, alta de 607,1% ante o período de abril a junho do ano passado (R$ 221,4 milhões).
A receita bruta apresentou crescimento de 88,9% frente ao segundo trimestre de 2020 e encerrou o mesmo período deste ano em R$ 5.871,8 bilhões.
A companhia viu sua receita líquida atingir R$ 5.218,7 bilhões, alta de 89,5% frente ao segundo trimestre de 2020.
A taxa de ocupação dos leitos hospitalares da Rede D’Or São Luiz atingiu 83,0% no segundo trimestre e, assim, assinalou a maior taxa trimestral desde o segundo trimestre de 2018.
No período, a Rede D’Or registrou 628,3 mil diárias de internação (paciente-dia) em seus hospitais, um aumento de 62,0% em relação ao segundo trimestre de 2020 e de 13,4% sobre o período de janeiro a março deste ano.
Custos e despesas
No trimestre, a companhia viu seus custos e despesas crescerem 42,6%.
Segundo o documento enviado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Rede D’Or (RDOR3) justifica o crescimento por conta do forte aumento no volume de pacientes-dia, do aumento de mais de 1.800 leitos operacionais e da expansão dos negócios de Oncologia.
Endividamento
A dívida bruta computou alta de 4,3%, R$ 22.140,1 milhões, em relação ao mesmo período do ano passado. Do montante total, 62,4% é em moeda brasileira e o restante está atrelado ao dólar.
Neste ano, foi levantado R$ 1,5 bilhão através da emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), com vencimento em 2036. Como hedge, o montante captado foi aplicado com retorno de 100% do CDI acrescido de 1,35% ao ano.
O índice de alavancagem da companhia medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA atingiu 1,7x, no segundo trimestre de 2021, e apresentou melhora quando comparado aos 5,3x registrados no 2T20.