Parceria

Renault e Geely firmam parceria para expandir presença no Brasil; veja detalhes

Acordo entre Renault e Geely pode transformar o mercado automotivo brasileiro, incluindo o uso de revendedores e fábricas locais

A Renault e a montadora chinesa Geely estão prestes a anunciar um acordo para cooperação no Brasil, o sexto maior mercado automotivo do mundo. A decisão faz parte da expansão da parceria global entre as companhias, que já atuam juntas por meio da joint venture Horse Powertrain, focada na produção de motores.

Após o anúncio, as ações da Renault (RENA) em Paris subiram mais de 1% por volta das 11:07 (horário de Brasília). 

Expansão da parceria no mercado brasileiro

O novo acordo prevê que a Geely utilize a rede de concessionárias da Renault no Brasil para vender seus veículos importados da China ainda em 2025, de acordo com Gilles Guillaume em Paris e Zhang Yan em Xangai.

Além disso, a montadora chinesa terá uma participação minoritária na Renault do Brasil e poderá utilizar a fábrica da marca francesa em São José dos Pinhais (PR) para montagem local de seus automóveis.

Mercado automotivo em transformação

A negociação acontece em meio ao avanço acelerado das montadoras chinesas no Brasil, impulsionado principalmente pelas importações de veículos elétricos e híbridos. 

O crescimento do setor tem gerado preocupação entre montadoras tradicionais, que avaliam a possibilidade de solicitar ao governo medidas antidumping contra a entrada massiva de modelos chineses.

Parcerias globais e o futuro da Renault no Brasil

O movimento da Renault com a Geely segue uma tendência de colaborações entre montadoras globais e fabricantes chinesas. 

A Stellantis, por exemplo, firmou uma parceria com a Leapmotor para vender veículos elétricos no Brasil e no Chile. O lançamento está previsto para abril de 2025.

Ainda não estão definidos os valores do investimento da Geely na Renault do Brasil. No entanto, a aliança pode fortalecer a posição da marca francesa no mercado brasileiro. Isso porque oferece maior competitividade frente à crescente presença das fabricantes chinesas.

Com informações da InfoMoney.