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Romi (ROMI3): com balanço do 2º tri a caminho, o que diz a Toro sobre os últimos números?

Analistas têm visão neutra para os papéis a curto, médio e longo prazo

Indústrias Romi - Indústrias Romi/Divulgação
Indústrias Romi - Indústrias Romi/Divulgação

Nesta terça-feira, 18 de julho, após o fechamento dos mercados, a Indústrias Romi (ROMI3) divulga o seu balanço financeiro referente ao segundo trimestre deste ano.

Em recente análise sobre tendências de curto, médio e longo prazo para a companhia, a Toro Investimentos reiterou sua visão neutra sobre os papéis.

A cotação nos últimos dias variou muito pouco dentro de uma faixa muito pequena. 

Ao longo do tempo, a ação não conseguiu formar uma sequência de topos e fundos positiva ou negativa, o que impossibilita identificar se os compradores ou os vendedores têm maior força no mercado.

A longo prazo, a Toro Investimentos indica que o preço das ações da Romi (ROMI3) tem maior probabilidade de permanecerem estáveis.

Balanços

No primeiro trimestre, a Indústrias Romi apresentou faturamento de R$ 259,2 milhões, com queda de 9,20% na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior e recuo de 51,70% na comparação com o período antecedente, de outubro a dezembro de 2022.

A redução da receita operacional líquida se deu, sobretudo, pela compressão do faturamento nas unidades Máquinas Romi e Fundidos e Usinados. 

Já o faturamento da unidade BW apresentou avanço de 39,10%, impactado pelas receitas com manutenção das máquinas.

Porém, como a unidade apresenta baixa representatividade dentro do faturamento total, o número não foi suficiente para conter a queda na receita total líquida, afirmou a Toro Investimentos.

O custo dos produtos vendidos também apresentou variação negativa no primeiro trimestre deste ano, com queda de 13,2% frente ao mesmo intervalo de 2022.

A variação percentual foi acima da receita, e proporcionou ganhos de 3,1 p.p. de margem bruta na comparação anual, e atingiu 33,10% (-0,7 p.p. T/T).

O ganho marginal proporcionou a estabilidade do lucro bruto, que atingiu R$ 85,8 milhões no trimestre.

No primeiro trimestre, o lucro operacional ajustado atingiu R$ 30,7 milhões, alta de 7,70% frente ao mesmo trimestre do ano anterior e queda de 72,2% frente ao período de outubro a dezembro de 2022.

A Toro Investimentos declarou ser válido ressaltar que as comparações frente ao quarto trimestre do ano passado exigem cautela, haja vista a sazonalidade de certas unidades da companhia.

No trimestre de referência, a Romi alcançou um EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 45,4 milhões, aumento de 13,30% ao ano e queda de 63,6% trimestre a trimestre.

O aumento em relação ao primeiro trimestre de 2022 se deu em função da maior base de receita operacional, afirmou a Toro Investimentos. 

Com isso, a companhia fechou o trimestre com margem EBITDA ajustada de 17,5% (+3,5 p.p. A/A e -5,8 p.p. T/T).

O lucro líquido ajustado da Romi chegou a R$ 30 milhões no período, com margem líquida de 11,6%.

Os ajustes são feitos devido ao impacto do empreendimento Vila Romi Residence e da alienação de um terreno não industrial de propriedade da companhia, declarou a Toro Investimentos.

Se excluídos os efeitos, o lucro líquido atingiria R$ 36,1 milhões, com margem líquida de 13,90%.

A Romi encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 510,5 milhões.

A variação no período se deu devido aos investimentos realizados, pagamento de juros sobre capital próprio e dividendos, compensados parcialmente pela geração do EBITDA e aumento das contas a receber na unidade BW.

Deste modo, considerado o EBITDA dos últimos meses, o indicador que mensura a relação entre dívida líquida e EBITDA alcançou 1,82x, considerado saudável.

Análise

Ao avaliar o consolidado, a Toro Investimentos viu resultados mais fracos da Romi no primeiro trimestre.

Apesar da melhoria de margens, analistas declararam ser preciso avaliar com cautela o futuro da companhia.

Entre os valores divulgados, destacaram a queda do número de novos pedidos e da carteira total.

Os novos pedidos na unidade de Máquinas Romi mantiveram próximos da estabilidade, com alta de 3,6% ano a ano, mas na divisão de Fundidos e Usinados, retraíram 35,4% na mesma base de comparação. 

O movimento foi ainda mais evidente na carteira total, com queda de 20,4% ano a ano na carteira de pedidos de Máquinas Romi e de 63,0% ano a ano na unidade de Fundidos e Usinados.

Analisados o cenário descrito e os resultados do trimestre, a Toro Investimentos acredita que a conjuntura desafiadora deve impactar ainda mais os números da Romi, apesar do histórico de entregas.