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Bolsa chinesa se mostra bem expressiva no mercado, segundo RPS Capital

O cenário pós eleição, não trouxe para a RPS bons resultados

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Na quarta-feira (7), a RPS Capital divulgou sua análise de conjuntura sobre o cenário de investimentos atual. E a bolsa chinesa se mostra bem expressiva no mercado. O CIO e sócio da RPS Capital, Paolo Di Sora, comenta que a empresa está com exposição em três ativos principais. 

São eles: o ASHR; um pouco das empresas de tecnologia lá, representadas pelo o ETF KWEB; e petróleo, via XLE, e OIH, –  o índice de empresas que fazem serviços para o setor de petróleo. 

Um pouco de cada um dos ativos compõem cerca de 10% da posição que tem em China e Petróleo. 

Di Sora também aponta que a gestora opta por uma carteira Long and Short com um perfil mais defensivo nas posições compradas e  mais arriscado no lado vendido. 

Além disso, temos uma carteira long and short no Brasil, com nomes defensivos, como Sabesp (SBSP3), Ambev (ABEV3), Assaí (ASAI3), Hypermarcas. Um pouco de construtoras de baixa renda, mas atualmente performam  melhor, como Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3).

Segundo o sócio e gestor da RPS Capital, Thalles Franco, também cresceu a posição em bancos. De acordo com o executivo, a virada do mês de outubro para novembro possui pouquíssima exposição e o setor trouxe performance bastante negativa, principalmente pelo resultado do terceiro trimestre de Bradesco (BBDC4), que decepcionou bastante. 

O setor de airlines e empresas de pagamentos, se encaixa na ponta vendida, onde empresas que estão mais expostas a consumo ilimitado, dependem mais de renda e otimismo. 

Eles acham que o perfil mais exposto à macroeconomia brasileira vai piorar com os juros altos e PIB em desaceleração, principalmente na parte de consumo. 

Diante do cenário pós-eleição, a RPS resolveu aplicar juro contra a Bolsa, e acabaram perdendo 0,40 p.p.nessa posição. 

"Dentre os cases domésticos, o que fizemos foi migrar a carteira para uma posição muito mais defensiva. Aumentamos a posição em empresas que têm pouca correlação com PIB, pouco alavancadas, menos influenciadas pelo ciclo de juros. Quando a dinâmica fiscal piora, isso tem impacto negativo imediato em juros, principalmente os longos. É ruim para empresas alavancadas." explica Franco. 

Já no lado comprado, eles citam, como exemplo, a Assaí (ASAI3), de atacarejo e varejo alimentar. De acordo com a RPS Capital, seus papéis são mais defensivos e menos elásticos entre o setor de consumo discricionário. 

Gestores também aumentaram a posição em Ambev (ABEV3), que tem um perfil defensivo, exposto à baixa renda que vai receber o Auxílio Brasil. 

O principal movimento foi o aumento de commodities e redução de cases ligados à economia mais discricionária, e aumento de cases defensivos.

Por fim, aumentaram a posição em bancos, que vinham com pouca exposição há um tempo, muito pelas fintechs que atacaram a principal rentabilidade que são as linhas de serviços.