Investimentos

SafeSpace, startup que facilita relatos de má conduta nas empresas, recebe aporte de R$ 11 milhões

Valor foi o maior já obtido por uma startup liderada por mulheres no Brasil

Giovanna Sasso, Natalie Zarzur, Rafaela Frankenthal e Claudia Farias, fundadoras da SafeSpace - Foto: Victoria Manzoli/Divulgação
Giovanna Sasso, Natalie Zarzur, Rafaela Frankenthal e Claudia Farias, fundadoras da SafeSpace - Foto: Victoria Manzoli/Divulgação

A SafeSpace, startup que desenvolveu uma plataforma digital para facilitar relatos de casos de má conduta nas empresas (assédio, discriminação, fraude, etc), acaba de fechar uma nova rodada de investimento no valor de R$ 11 milhões.

O aporte foi liderado pelo fundo ABSeed Ventures e contou também com a participação do DGF Investimentos e de investidores-anjo.

Esta foi a segunda rodada fechada pela empresa e a maior já recebida no país por uma startup comandada por mulheres.

Fundada em março de 2020, a SafeSpace recebeu o primeiro investimento em outubro de 2020, em uma rodada liderada pelo fundo MAYA Capital.

Criada pelas jovens empreendedoras Rafaela Frankenthal, Giovanna Sasso, Natalie Zarzur e Claudia Farias, a plataforma já é utilizada em mais de 50 empresas – entre elas empresas como a Creditas, a Petlove, a Buser e o isaac.

Atualmente, mais de 15 mil pessoas colaboradoras em sete países diferentes já têm acesso à plataforma da SafeSpace.

"Problemas de comportamento sempre existiram nas empresas, mas hoje o risco não é apenas das pessoas envolvidas, mas também, e principalmente, das companhias. Por isso as empresas estão entendendo a necessidade de olhar para ferramentas de compliance de uma forma diferente", explica a co- fundadora da startup Rafaela Frankenthal.

A funcionalidade Connect, recém-lançada pela SafeSpace, permite que funcionários façam um relato com a condição de que não sejam a primeira ou única pessoa a fazer um relato sobre o mesmo indivíduo. Isso ajuda a encorajar os colaboradores a vencer o medo e relatar preocupações antes que os problemas se tornem mais graves, e do outro lado ajuda o Compliance e o RH a identificarem padrões de comportamento recorrentes.

"Recebemos muitos contatos de empresas que estão sendo direcionadas por investidores de capital de risco ou private equity a implementarem soluções de compliance mais eficientes. Isso é uma prova de que a postura do mercado está mudando", diz Rafaela.

"Apostar em um time com quatro fundadoras mulheres, que têm como missão tornar o ambiente de trabalho legitimamente seguro, traz um componente muito especial para esse investimento. Natalie, Rafaela, Claudia e Giovanna são articuladas, têm um profundo entendimento sobre esse mercado e atuam em um problema que é a dor de praticamente toda empresa. Aliada a um propósito, essa experiência se materializa em um produto muito bem acabado e extremamente eficiente enquanto solução", afirma Geraldo Melzer, sócio da Abseed.

Com informações de Jangada Consultoria de Comunicação e Ovo Comunicação.