Novos números

Safra revisa recomendações para o setor bancário; confira

Atualizações ocorreram com base nos resultados do último trimestre

- Divulgação
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Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O Safra reavaliou alguns players do setor bancário, atualizando as suas recomendações e preços-alvo com base nos resultados o último trimestre, na expectativa de crescimento e nos riscos que cada empresa enfrenta.

Banco do Brasil (SA:BBAS3)

O preço-alvo do Banco do Brasil foi reduzido de R$ 50 para R$ 48, o que representa um potencial de valorização de 57% sobre o valor atual. A recomendação de compra foi mantida.

De acordo com o relatório, a aversão do mercado às ações do BB no começo ano foi exagerada e criou uma oportunidade de compra. Porém, ainda assim, os ruídos políticos trazem volatilidade e o risco de interferência nas principais atividades do banco é existente pelo menos até o fim do período eleitoral.

Além disso, o atual CEO não deu sinais de recuar na agenda de eficiência de custos e o aumento nas despesas de riscos legais ofuscaram a maior parte da melhoria do desempenho operacional do BB.
Como tal, o Safra acredita que o atual recuo do preço das ações pode representar uma oportunidade de compra.

Bradesco (SA:BBDC4)

O Safra também manteve a recomendação de compra do Bradesco, mas reduziu o preço-alvo de R$32 para R$ 30, um upside de 28% do nível atual.

Apesar da recuperação da rentabilidade e do bom controle de custos, a operação de seguros no curto prazo é um desafio para o Bradesco, segundo o relatório. A margem financeira dessa divisão pode continuar prejudicada, considerando a curva de juros de longo prazo e os resultados recentes do IGP-M.

Ainda assim, o Safra espera que no médio prazo, a operação de seguros supere as suas dificuldades em 2022.

Banrisul (SA:BRSR6)

Após os resultados positivos no 2T21, o preço-alvo do Banrisul passou de R$ 19 para R$ 20, mas o Safra não enxergou nenhum gatilho de curto prazo que motivasse alguma mudança na classificação neutra da ação.

O Banrisul está buscando um parceiro estratégico para desenvolver a Vero e está disposto a abrir mão do seu controle do negócio. O eventual sócio ajudaria a trazer tecnologia para a Vero e a expandir a operação para outras regiões.

Embora essa medida possa desbloquear valor no longo prazo, o Safra ainda espera uma evolução mais concreta da estratégia, inclusive na obtenção de um parceiro de longo prazo.

Santander Brasil (SA:SANB11)

O preço-alvo do Santander Brasil subiu de R$ 53 para R$ 54, um potencial de valorização de 30% em relação ao preço atual. O Safra também manteve a recomendação de compra.

Segundo o relatório, o banco tem uma boa dinâmica de lucros, com uma das melhores execuções do setor e uma impressionante evolução do ROE ao longo dos anos.

A recente mudança na alta administração do Santander foi uma surpresa, mas o Safra espera que isso não mude a estratégia adotada pela empresa. Sergio Rial deixará de ser o CEO do banco para ser o seu chairman, enquanto Mario Roberto Leão, atualmente responsável pelo segmento corporativo, assumirá como CEO.

Outro aspecto positivo para o Santander é que o banco parece ter maiores oportunidades de crescimento, por meio da melhoria da capilaridade de distribuição e do lançamento de novos produtos, em comparação com seus concorrentes de maior porte, como Bradesco e Itaú (SA:ITUB4).

BTG Pactual (SA:BPAC11)

O resultado recorde no trimestre passado fez o Safra atualizar o preço-alvo do BTG Pactual de R$ 35,50 para R$ 37, um upside potencial de 29% em relação ao nível atual.

O BTG possui um grande potencial de se aproveitar do aprofundamento bancário e financeiro do país. O banco está surfando no bom momento do mercado de capitais brasileiro, o que o ajudou a registrar um crescimento expressivo de receita.

O Safra espera continuar a ver o ímpeto dos lucros à frente. O BTG está capitalizado para continuar realizando aquisições, o que deve manter o crescimento exponencial de clientes e rentabilidade.

O aumento na participação no Banco Pan (SA:BPAN4), de 44,9% para 71,7%, faz com que a empresa amplie a sua exposição à classe média. Enquanto o BTG se concentra nas classes A e B, o Pan tem crescido em direção a classes C, D e E, em uma estratégia altamente sinérgica, que deve trazer ganhos significativos no futuro.